O documento que o candidato Renato Santtana (REDE) protocolizou na Justiça Eleitoral como sendo seu programa de governo tem apenas três páginas, se descontada a capa. Em entrevista ao Olhar Direto, ele explicou que sua candidatura foi construída por uma perspectiva diferente daquela que pauta seus adversários e que ele não tem respostas “prontas” e pré-fabricadas para todos os problemas da cidade. (Veja o plano de governo aqui)

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A ideia de Renato é que o programa de governo seja construído de maneira colaborativa, em parceria com os munícipes. A previsão é que o site do candidato fique pronto a tempo de entrar no ar no início da próxima semana. Esse será o canal que Santtana pretende usar para montar suas propostas, além das redes sociais.  
 
O plano de Santtana é que se for eleito, a plataforma continue no ar, sendo atualizada até o final da gestão. “O que nós vamos fazer é pegar essa parte do programa de governo e manter ele permanente, eu venho chamando de beta perpetua, vai ser uma versão beta dele que vai ir atualizando sempre. A cidade, as questões, as áreas, elas estão em constante construção, não são estanque. Você não vai por um ponto final”, argumenta.
 
Além de curto, o programa de governo apresentado por Santtana à Justiça Eleitoral aborda assuntos de maneiras genéricas. Para as políticas de educação, por exemplo, o documento se limita a dizer: “Estamos no século XXI, a chamada “Era do Conhecimento”. Nosso projeto é integrar a sociedade às novas tecnologias e fomentar uma política de educação nacional em que o acesso seja possível e fácil. Conectar a Educação à outras áreas da administração pública”.
 
“Nós protocolamos uns indicativos de algumas áreas. Nós estamos preocupados em envolver o cidadão, queremos envolver as pessoas”, explicou o candidato em entrevista ao Olhar Direto. Quando o assunto é esporte, o plano de governo resume: “O esporte é um importante instrumento para o desenvolvimento humano e social. Responsável pela qualidade de vida, reduzindo a violência e promovendo a inclusão”.
 
Para Renatto, há uma dificuldade em traduzir sua visão de mundo e suas propostas para a cidade no discurso político-eleitoral. “A gente tem que transformar o que pensa, no ponto de vista teórico, de forma que as pessoas efetivamente consigam entender. Eu sei que às vezes as pessoas falam que eu falo de uma forma muito acadêmica e é difícil você às vezes traduzir isso”.