O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou é contra o argumento de “alinhamento político” ser usado como defesa para a eleição do candidato do governo em Cuiabá, Wilson Santos (PSDB). Taques lembra que combateu essa tese em eleições passadas e que não mudou de ideia.
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O governador afirma que pede votos para Santos por outros motivos, não porque Cuiabá será prejudicada se eleger um prefeito de uma legenda diferente da do governador. “Sinceramente, esse alinhamento, não. Eu defendo o Wilson porque ele é o melhor candidato”, afirmou para jornalistas.
“Imagine o seguinte, na eleição de 2014 ou 2012, o candidato do lado de lá defendia o alinhamento. Eu não vou mudar minha ideia porque eu mudei de lado, né?”, argumentou. Taques faz referência à campanha à Prefeitura de Cuiabá em 2012, quando Lúdio Cabral (PT) enfrentou Mauro Mendes (PSB) tendo o apoio do então governador Silval Barbosa (PMDB) e da então presidente Dilma Rousseff (PT).
Em 2012, Lúdio chegou a subir nas pesquisas ao pregar que a cidade poderia se beneficiar por ter a Prefeitura administrada pela chapa PT-PMDB, a mesma que governava o Estado de Mato Grosso e o País. O mote da campanha petista ficou marcado pelo jingle que entoava no refrão: “Eu tô com Lúdio, que tá que, tá com o povo, que tá que tá com a Dilma, que tá com o Silval”. Pedro Taques entrou de cabeça na campanha de Mauro e combateu o alinhamento em discursos no palanque de Mendes e em inserções na televisão em 2012.
“Não mando no Mauro”
Pedro Taques também confirmou que pediu para Mauro Mendes se engajar na campanha de Wilson Santos (PSDB) e que também conversou com a primeira-dama de Cuiabá Virgínia Mendes sobre o assunto.
“Eu já pedi isso pro Mauro, mas cabe a ele decidir. Eu não mando no Mauro”, limitou-se a dizer. O próprio perfeito já havia antecipado em entrevistas anteriores que a primeira-dama buscou o governador para pedir que ele “liberasse” Mauro de pedir votos para Wilson.
“Quero expressar meu total respeito à Virgínia, que é minha amiga, uma mulher séria, decente, que ajuda muito o Mauro, mas eu tenho minha opinião política que não se sujeita a posições assim. Eu sou governador do Estado, eu tenho responsabilidade com 3 milhões e 300 mil pessoas”.
Wilson e o alinhamento
Já na largada da campanha, o candidato Wilson Santos fez uma defesa do alinhamento político como alternativa para Cuiabá. Ele defendeu a tese já no dia das convenções partidárias, em cinco de agosto.
“A nossa candidatura é a que mais pode ajudar Cuiabá, porque ela vai fazer o alinhamento do município com o Estado, coisa que eu não tive esse privilégio de 2005 a 2010. Eu era prefeito de Cuiabá por um partido, o governador era de outro, e a gente brigava muito. Agora eu tenho a chance de ter o governador ao meu lado e quem ganha com isso é Cuiabá”, sustentou o tucano na ocasião.
