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Domingo, 16 de junho de 2024

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Secretário de Infraestrutura isenta Wilson Santos por demora no Rodoanel e culpa Silval

Secretário de Infraestrutura isenta Wilson Santos por demora no Rodoanel e culpa Silval
Aproximadamente um mês após o candidato a prefeito Wilson Santos (PSDB) ter se tornado réu sob acusação de fraudes em torno de R$ 20 milhões no pagamento e licitação das obras do Rodoanel, o secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo Duarte, saiu em defesa do tucano e jogou a culpa pela demora na concretização do projeto no ex-governador Silval Barbosa (PMDB).


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Para o secretário, que deu entrevista à assessoria de imprensa do candidato do PSDB, Wilson cometeu erros técnicos aos quais qualquer gestor está sujeito e conseguirá provar isso à Justiça. Para ele, a retomada do Rodoanel não aconteceu devido a problemas na licitação realizada pela Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa).

“No aspecto da questão jurídica, eu tenho certeza que Wilson, na hora certa, irá mostrar que os erros que aconteceram foram técnicos, questões a que o gestor está sujeito. Mas, não é isso que está impedindo a retomada da obra agora. O que impediu a retomada do Rodoanel foram as trapalhadas do Governo anterior, na gestão de Silval Barbosa, e problemas com a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa). Fizeram uma licitação completamente errada, que quase botou a perder R$ 100 milhões em recursos que estão em conta”, alegou Duarte.

Contudo, as obras do Rodoanel em Cuiabá estão paralisadas desde 2009, antes da criação da Secopa, no segundo mandato do então prefeito Wilson Santos, após um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) e apontar um dano aos cofres públicos no valor de R$ 10,6 milhões, que atualizado chega ao montante de R$19.616.329,08.

A defesa de Wilson alega que a perícia do Exército que mediu a obra de forma incompleta, além de existir divergências entre a medição da Prefeitura nas partes correspondentes. Segundo o próprio candidato tucano, a terceira etapa do projeto ficou de fora do relatório dos militares e isso justificaria a diferença dos valores de pagamento apontados.

Alinhamento

Apesar do governador Pedro Taques (PSDB) se colocar contra a defesa do alinhamento político entre Governo e Município, o secretário Marcelo Duarte se colocou a favor do argumento. Para ele, isso é fundamental para os trabalhos das duas esferas terem “sintonia”.

“O alinhamento com o Governo do Estado é fundamental. Tenho uma admiração pela equipe e por Mauro Mendes, e a sintonia da Prefeitura com o Governo do Estado é chave para que a gente avance. As minhas conversas com o Thiago França [secretário de Mobilidade Urbana] e com o Marcelo Padeiro [ex-secretário de Obras] são constantes. E eu tenho certeza que isso tem contribuído muito para avançarmos em obras que já estavam desacreditadas”, disse.

Contudo, Pedro Taques, em entrevista recente, relembra que combateu esse tipo de discurso quando foi candidato ao Governo, em 2014, contra um concorrente alinhado ao Governo Federal, e quando apoiou Mauro Mendes (PSB) em 2012. Nas duas ocasiões o adversário foi Lúdio Cabral, do PT da então presidente e Dilma Rousseff.

“Imagine o seguinte, na eleição de 2014 ou 2012, o candidato do lado de lá defendia o alinhamento. Eu não vou mudar minha ideia porque eu mudei de lado, né?”, afirmou o governador. Ele, junto de Mendes, chegaram a afirmar, em suas campanhas, que o alinhamento é uma tese da época da Ditadura Militar, que vigorou no Brasil de 1964 a 1985.
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