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Domingo, 28 de abril de 2024

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ARRASTANDO O PT

Luiz Antonio Pagot diz que petistas mandavam tanto quanto ele no Dnit

O diretor de Infraestrutura Rodoviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Hideraldo Caron, mandava no Dnit tanto quanto o próprio diretor geral da instituição...

O diretor de Infraestrutura Rodoviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Hideraldo Caron, mandava no Dnit tanto quanto o próprio diretor geral da instituição A afirmação do próprio Luiz Antonio Pagot, publicada no jornal Folha de São Paulo desta sexta-feira (8/7), é apenas um  aperitivo do depoimento que o diretor afastado do departamento deve conceder na próxima terça-feira no Congresso Nacional. 


Ou seja, depois de perder o comando do Ministério dos Transportes sob acusações de corrupção, o PR insinua que não quer pagar sozinho pelas denúncias que abalaram a pasta e já faz ameaças a petistas que estão na estrutura do órgão, como Hideraldo Caron. "O DNIT é um colegiado. O Hideraldo manda tanto quanto o Pagot", disse, em referência ao petista.

No entanto, para integrantes do PR, o recado de Luiz Antonio Pagot é direcionado ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e à sua esposa, a ministra chefe da Casa Cicvil, Gleisi Hoffmann, paraenses como ele. Comandantes do PR disseram ainda que a atual ministra da Casa Civil,  era quem acompanhava a execução das obras no Paraná.

Confira reportagem na íntegra:

Depois de perder o comando do Ministério dos Transportes sob acusações de corrupção, o PR manda ao Governo seu recado: não quer pagar sozinho pelas denúncias que abalaram a pasta e já faz ameaças a petistas que estão na estrutura do órgão.

Afastado após ser envolvido nas acusações que derrubaram o ex-ministro Alfredo Nascimento, o diretor-geral do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antonio Pagot, deu prévia ontem de como será seu primeiro depoimento sobre o caso, terça-feira, no Congresso.

"O DNIT é um colegiado. O Hideraldo manda tanto quanto o Pagot", disse, em referência ao petista Hideraldo Caron, diretor de Infraestrutura Rodoviária do DNIT, e listando, em seguida, todo o colegiado do órgão.

Caron, filiado ao PT do Rio Grande do Sul desde 1985, é apontado por políticos como uma espécie de "espião" de Dilma Rousseff no DNIT.

Segundo Pagot, ele era responsável por 90% das obras, já que cuidava da diretoria de Infraestrutura do órgão.

"No DNIT só se aprova por unanimidade. É claro que cada um é responsável por sua área. A responsabilidade pelas obras é do Hideraldo. Como ele é diretor de Infraestrutura Rodoviária, é óbvio que tem um volume maior concentrado", disse Pagot, ressalvando que "não é Hideraldo que toma as decisões".

A pedido do senador Blairo Maggi (PR-MT), seu padrinho político, Pagot dará explicações públicas na Câmara e no Senado.

Ele foi escalado para defender publicamente o PR. Só depois, a sigla pretende encaminhar ao Planalto seus indicados para o ministério.

Além de compartilhar a responsabilidade com o colegiado, Pagot afirma que só executa obras.

"Cumprimos. Não inventamos orçamento. O Dnit não faz política pública, é um executor de obras e prestador de serviços em algumas áreas. É fácil ficar acusando quando não se sabe como as coisas funcionam", afirmou.

Para integrantes do PR, o recado de Pagot tinha também outro destinatário: o ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo (PT), hoje nas Comunicações.
Segundo senadores do PR, Pagot deve afirmar, em depoimento, que cumpria ordens e citar de onde partiam.

Incomodados, comandantes do PR disseram ainda que a atual ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, mulher de Paulo Bernardo, era quem acompanhava a execução das obras no Paraná.

Em nota, Paulo Bernardo disse que "obras previstas no Orçamento Geral da União passam pelo Planejamento sem que isso implique qualquer envolvimento do titular na execução dos projetos".

Defesa

Hoje à frente do Ministério dos Transportes, o secretário-executivo da pasta, Paulo Sérgio Passos, não será poupado dos ataques do partido.

Segundo interlocutores do ex-ministro Nascimento, Passos estava à frente do ministério nos seis meses finais de 2010, sendo corresponsável pela elevação dos valores de contratos recentes.

Reunido ontem com líderes do PR, Nascimento se queixou de Passos por não o ter defendido quando Dilma fez críticas ao ministério.

Os petistas não temem só a reação do PR, mas de toda a base à demissão do ex-ministro, apenas cinco dias após o surgimento do escândalo.

Para o PT, um sinal foi emitido pelo PMDB do Senado, que incluiu na pauta de semana que vem um pedido de convocação de Expedito Veloso (PT), ex-diretor do Banco do Brasil envolvido no escândalo dos aloprados.

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