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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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INSATISFEITO

Dividido, partido aliado, PR já sinaliza por rompimento com Dilma Rousseff

As denúncias feitas pela revista Veja sobre a existência de um pagamento de mesadas para líderes republicas, através de empreiteiras, denominado "o Mensalão do PR" (Partido da República) expuseram definitivamente um racha interno na sigla e uma a insatisfação de um grupo que, nos bastidores, já sinaliza pelo rompimento com o governo da presidente Dilma Rousseff.


Ganha força essa tese a intenção deste grupo dissidente em romper com Dilma, porque as lideranças avaliam como "grotesca e infame" a forma como o PR vem sendo execrado pelo Palácio do Planalto, antes e depois das denúncias, que completam hoje uma semana.

Segundo fontes ouvidas pela reportagem do Olhar Direto, em Brasília e Mato Grosso, a insatisfação republicana se deve ao fato de o governo tratar o PR um aliado de "segunda linha, de segunda classe".

Consideram ainda estes personagens que partiu do próprio governo Dilma a idéia de tornar pública a conversa mantida, na quinta-feira da semana passada, entre a presidente, suas ministras e representates do Dnit e do Ministério dos Transportes. Na ocasião, Dilma, a ministra de relações institucionais, Ideli Salvatti, e a chefe da Casa Civil, Gleise Hoffmann, cobraram explicações sobre superfaturamento e morosidade na execução das obras.

E mais. Avaliam os republicanos que a publicação da conversa de Dilma com o ex-ministro foi conveniente para o afastamento de Nascimento e de integrantes do partido que ocupam diretorias de estatais (Luiz Antonio Pagot, Dnit; e José Francisco das Neves, o Juquinha, da Valec).

Foi, na opinião destes observadores colhida nos bastidores do ninho republicano, uma forma desastrada e desleal de justificar uma medida diante da insatisfação do governo com o desempenho do ministro e de seus aliados.

“Adotaram medidas drásticas em curto espaço de tempo como se o PR não fosse um aliado do governo”, desabafou uma fonte.

Se, de fato, houver o rompimento, o governo perderá uma importante parcela de sua base aliada no Congresso Nacional. Há quem diga que o episódio pode determinar o começo de um período de instabilidade política e o fim da governabilidade por parte da presidente Dilma Rousseff.

O PR, comandado na Câmara Federal pelo deputado Lincoln Portela (PR/MG), tem 40 deputados federais. No Senado, liderado por Magno Malta e Blairo Maggi, são agora seis senadores, contando com o retorno do senador Alfredo Nascimento (PR/AM) após sua demissão do Ministério dos Transportes.

O deputado Lincoln Portela reconheceu que a situação no PR é, de fato, muito difícil internamente. “A situação é difícil. O partido foi total e completamente injustiçado. O partido foi execrado em praça pública sem nenhum motivo ou prova”, disse o líder do PR na Câmara.

Atualizada às 12h05
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