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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Sozinho e obstinado

Luiz Antonio Pagot deixa PR e afirma que dirá a verdade doa a quem doer

Foto: Reprodução

Luiz Antonio Pagot deixa PR e afirma que dirá a verdade doa a quem doer
O Partido da República (PR) perdeu um nome de peso e um dos quadros de maior representatividade política em nível estadual e nacional para Mato Grosso. Luiz Antônio Pagot protocolizou na tarde desta segunda-feira (23), na sede Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), em Cuiabá, sua desfiliação da legenda republicana.


O anúncio é apenas uma das medidas tomadas por Pagot antes de ser convocado a depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) instalada no Congresso Nacional para apurar as ligações entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados.

Em entrevista ao Olhar Direto, Pagot afirmou que se prepara para dizer toda a verdade que sabe a respeito das denúncias de corrupção dentro da cúpula do Ministério dos Transportes e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), sobre o envolvimento de membros do PR com empreiteiros donos da Delta e sobre as escutas telefônicas feitas sem autorização judicial.

"Eu estou sozinho e obstinado", resumiu Pagot ao ser questionado sobre a sua saída do PR e participação na CPMI.

Em lugar de "estou sozinho", leia-se "não devo nada a ninguém". E para bom entendedor, ao dizer que está "obstinado", Pagot disse que dirá a verdade "doa a quem doer".

Para muitos republicanos em Mato Grosso, mais do que perder um bom gestor para executar obras a toque de caixa, a saída de Luiz Antônio Pagot pode dar início a uma série de revelações bombásticas do ex-diretor do Dnit a respeito das ligações entre partidos políticos, políticos e empresários com dinheiro público.

O ex-republicano Pagot chegou a citar o deputado federal Wellington Fagundes (PR-MT) como um dos parlamentares que teriam pressionado o departamento em favor da empresa Delta no que se refere às obras na BR-163 (trecho da Serra de São Vicente). Em nota, Fagundes refutou as declarações.

"Esclareço que jamais fiz qualquer interferência para facilitar ou diminuir as exigências impostas à empresa contratada. Como representante da população de Mato Grosso, estive várias vezes no Dnit para reivindicar a conclusão dessa obra”.

O presidente nacional do PR, deputado federal Valdemar da Costa Neto (SP), também deve ser citado por Pagot na CPI, pois, segundo o mesmo, o parlamentar atuava como “um verdadeiro agente da Delta” dentro do Dnit.

Sem partido

Pagot disse ainda que não pretende ingressar em qualquer outro partido político e que não assumirá cargo nenhum em qualquer órgão público estadual ou federal.

"Não vou a partido nenhum. Não serei o secretário da Secopa nem assumirei cargo nenhum da administração estadual ou federal", anunciou.

A saída do PR de Pagot é provocada pelo mal estar envolvendo as revelações feitas pelo Olhar Direto das circunstâncias de sua saída, em junho de 2011, da direção geral do DNIT, órgão responsável por investimentos de mais de R$ 10 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em todo o Brasil.



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