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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Marâiwatséde

Deputado diz que agricultores estão dispostos a lutar e que governo tem que intervir para não ter derramamento de sangue em desintrusão

Foto: Reprodução

Deputado diz que agricultores estão dispostos a lutar e que governo tem que intervir para não ter derramamento de sangue em desintrusão
Preocupado com a situação dos moradores da região de conflito de terra na região da antiga Fazenda Suiá-Missú, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária de Mato Grosso, deputado Zeca Viana (PDT), externou sua aflição na tribuna da Assembleia Legislativa e disse que o governo tem que agir para evitar que aja derramamento de sangue.


De acordo com o parlamentar, os moradores estão dispostos a lutar por sua terra. “Esses trabalhadores estão dispostos a levar a situação até as últimas consequências. Pois aquela terra é a única coisa que eles têm; é preciso impedir esse derramamento de sangue”, falou o deputado.

São cerca de 3 mil habitantes – a maioria produtores rurais - do distrito Estrela do Araguaia (ou Posto da Mata), localizado a 30 km do município de Alto da Boa Vista (a 1.050 km de Cuiabá), que serão despejados a partir desta quinta-feira (06) da área que ocupam há mais de 30 anos, por uma decisão da Justiça Federal favorável aos índios xavante. Uma vez feita a desintrusão, toda área de 167 mil hectares passa a chamar Terra Indígena Marâiwatséde.

“É uma questão preocupante e intolerável. As famílias instaladas ali trabalharam muito para conseguir sobreviver; são pequenos produtores. Alguém tem que olhar por eles”, disse Viana.

Zeca Viana também falou de sua preocupação com os índios xavante. Ele alerta para a "tamanha incoerência" da decisão judicial.

"Os índios querem dignidade de vida, não querem terra. O que vão fazer com aquelas terra? Lá não tem mais bicho para caçar. O povo indígena também merece o nosso respeito, queremos apenas a solução deste impasse", ressaltou o parlamentar.

A Justiça Federal emitiu ordem de retirada das famílias. Equipes do Exército e da Força Nacional de Segurança já estão no local. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) e o Incra, cerca de 2.500 pessoas estão na demarcação indígena Xavante Marãiwatsédé, já os produtores alegam que são cerca de 7 mil pessoas.

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