Olhar Direto

Segunda-feira, 29 de abril de 2024

Notícias | Esportes

Sem aparecer no ataque, lateral-esquerdo torna-se fundamental para a seleção

O lado direito da seleção brasileira é o mais forte no ataque. Contra os Estados Unidos, os três gols saíram pelo setor, por exemplo. Elano ou Ramires, Daniel Alves ou Maicon. O lateral e o meia sempre colam em Kaká e várias oportunidades são criadas por ali. Mas para isso dar certo, alguém tem que se sacrificar. No atual esquema de Dunga, o escolhido é o lateral-esquerdo, deixando Robinho solto na frente. 


Olhando a formação da defesa brasileira pelo alto nos dois jogos da Copa das Confederações contra o Egito e os Estados Unidos, em vários momentos da partida Kléber e André Santos eram, praticamente, um terceiro zagueiro. Eles ficavam alinhados com Lúcio e Juan/Miranda atrás da linha do meio-campo. Enquanto isso, Daniel Alves e Maicon ficavam livres para ir ao ataque.

Em seu site oficial, a Fifa disponibiliza um mapa com as principais áreas percorridas por cada atletas nas partidas. A zona vermelha indica a região em que o jogador mais se concentrou. André Santos foi até um pouco mais ao ataque do que Kleber, mas os dois ocuparam principalmente a mesma área a maior parte do tempo: atrás da linha do meio-campo.

No lado direito, situação oposta. Daniel Alves e Maicon foram mais ao ataque e à linha de fundo. Não por acaso, todos os sete gols da seleção no torneio foram originados de jogadas pelo setor, em bolas paradas ou não.

- O lado esquerdo também tem características diferentes. Robinho é um jogador mais de jogada individual, às vezes é melhor o lateral dar mais proteção do que passar diretamente. Os quatro jogadores pelo lado direito têm maior movimentação, isso facilita que haja essa penetração dos jogadores. Tudo é conversado, falado. As coisas acontecem pela inteligência técnica e tática desses jogadores – analisou Dunga.

Kleber vinha sendo bastante criticado por não ir ao ataque. Conhecido por ser uma das armas ofensivas do Corinthians, André Santos foi bem tímido contra os Estados Unidos. Um sacrifício necessário para o sucesso da equipe. Com um lateral, e não um volante, fazendo a função de terceiro zagueiro, Gilberto Silva e Felipe Melo se posicionam mais à frente no meio-campo. O que facilita a forte marcação principalmente quando o Brasil perde a bola.

Importante taticamente para a seleção brasileira, o lateral-esquerdo é justamente o jogador mais criticado na 'Era Dunga'. Pela cultura do futebol brasileiro, funções mais defensivas são pouco valorizadas. E há também a comparação com o lateral-direito, que tem a liberdade de aparecer mais no ataque.

A bola parada é uma das armas mortais do treinador. Elano virou referência nas cobranças de falta e já deixou Juan duas vezes livre para marcar nas últimas partidas, incluindo eliminatórias. Sem o jogador do Manchester City, Maicon colocou a bola na cabeça de Felipe Melo contra o Egito no primeiro gol.

- A gente tenta colocar os jogadores na posição adequada, de acordo com as características dele. Quem é mais alto, mais rápido, quem protege mais a bola, quem entra mais no primeiro pau. Isso é conversado e tentamos colocar em prática. Estamos tendo um bom trabalho nesse aspecto, justamente pelas características desses jogadores – disse Dunga.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet