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Sábado, 27 de abril de 2024

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Um ano após libertação, Ingrid Betancourt escreve livro e negocia filme com Hollywood

A ex-candidata presidencial colombiana Ingrid Betancourt terminará de escrever seu livro este ano e já trabalha com uma produtora de Hollywood para um filme sobre os mais de seis anos em que foi refém das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), disse nesta quinta-feira a uma rádio local.


Ela lembrou na entrevista à Caracol Radio o momento de sua libertação, que completou um ano nesta quinta-feira. A ex-senadora foi libertada pela operação Xeque, juntamente com três americanos e 11 policiais e militares que também estavam em poder da guerrilha.

Os detalhes da libertação e dos mais de seis anos e quatro meses que ela esteve em cativeiro serão narrados no livro que ela disse que vai terminar de escrever no final deste ano e que deve ser lançado no início de 2010.

"Vai ser um momento de intimidade muito grande com todas essas pessoas que acompanharam esta história e que me acompanharam, porque eu acho que o livro tem essa magia, e é a possibilidade de que a pessoa que lê entre muito intimamente em contato com alguém", disse.

Além disso, ela trabalha com a produtora Kathleen Kennedy, associada de Steven Spielberg, no filme sobre seu sequestro. Betancourt disse que destinará "um longo tempo" ao projeto, porque o tema lhe "entusiasma muito".

"O projeto do filme vai bem, estamos antecipando o mesmo com uma das pessoas mais extraordinárias da indústria do cinema em Hollywood, que se chama Kathleen Kennedy", acrescentou.

No entanto, ela afirmou que esses projetos não tirarão seu tempo para continuar trabalhando pelas pessoas que continuam sequestradas na Colômbia, as quais prometeu que, em breve recuperarão sua liberdade, e ela se encarregará de cumprir seus sonhos.

Libertação


O Exército colombiano resgatou em 2 de julho de 2008 a política franco-colombiana Betancourt, sequestrada em 2002, e outros 14 reféns. Betancourt era o principal "trunfo" dos guerrilheiros para negociações de trocas de prisioneiros com o governo.

No dia 17 de março deste ano, as Farc libertaram o sueco Eric Ronald Larsson, 69, o último refém estrangeiro que mantinham em seu poder. A guerrilha ainda mantém em cativeiro muitos colombianos.

Um deles é Pablo Emilio Moncayo, um soldado capturado pelos rebeldes há mais de 11 anos em um ataque a um posto militar localizado em montanhas remotas.

As Farc anunciaram em abril que planejavam libertá-lo. Na última segunda-feira, os guerrilheiros afirmaram que soltariam um outro soldado junto com Moncayo.

No entanto, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, recusou o pedido das Farc para que a senadora Piedad Cordoba, aliada do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, esteja presente em todas as libertações de reféns.

Uribe afirmou que aceitará apenas a Cruz Vermelha Internacional e a igreja católica como intermediários.

"Não entendemos porque o presidente Uribe não respeita a vida de Pablo Emilio", disse uma das irmãs de Moncayo, Tatiana, à agência de notícias Associated Press.

O soldado tinha 19 anos quando foi capturado. Ele é um dos últimos 23 militares e policiais que os insurgentes mantém em cativeiro.

Em um comunicado feito na última segunda-feira (29), as Farc ofereceram libertar um soldado que eles capturaram em abril, Josue Daniel Calvo, junto com Moncayo, e reiteraram que a senadora Cordoba deveria estar presente.

Mas Uribe prefere obter a liberdade de reféns através de resgates militares, e não por libertações unilaterais feitas pela guerrilha.

O presidente --cujo pai foi morto pelas Farc em 1983-- fez da derrota dos rebeldes um de seus principais objetivos enquanto estiver à frente do governo colombiano.

Ingrid

Sequestrada quando concorria à Presidência colombiana, a então senadora despertou uma mobilização internacional. Segundo informações de ex-reféns, no cativeiro ela teria tido malária, hepatite do tipo B e leishmaniose, além de problemas de insuficiência cardíaca durante os anos que passou com as Farc.

A saúde de Ingrid Betancourt, cada vez mais preocupante, levou várias autoridades a se mobilizarem para libertá-la.

A França enviou uma missão humanitária à Colômbia, e o governo colombiano do presidente Álvaro Uribe aceitou suspender suas operações militares no sudeste do país para permitir o eventual envio de médicos, mas foi a ação militar --criticada por utilizar símbolos da Cruz Vermelha e disfarçar agentes como jornalistas-- que encerrou o cativeiro.
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