Olhar Direto

Domingo, 16 de junho de 2024

Notícias | Política MT

ocaso da carreira

Família Campos busca sobrevivência política em aliança com Pedro Taques tendo Jayme ao Senado

Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

Reeleição de Jayme Campos ao Senado é vista como

Reeleição de Jayme Campos ao Senado é vista como

Presente na vida pública de Mato Grosso desde a segunda metade da década de 1940, quando Gonçalo Botelho de Campos se elegeu prefeito e seu primo Júlio Domingos de Campos, ‘seo’ Fiote, vereador em Várzea Grande, a família Campos corre o risco de ficar sem mandato pela primeira vez em mais de meio século de história. E a ‘tábua de salvação’ que a família vislumbra no horizonte, para 2014, tem nome e sobrenome: senador José Pedro Gonçalves Taques (PDT), principal favorito na disputa para o governo de Mato Grosso.


Após a perda da hegemonia na Prefeitura de Várzea Grande, com três derrotas consecutivas (2004, 08 e 12), a candidatura de Jayme Veríssimo de Campos à reeleição para o Senado, sob a aba de Taques, é o último bastião da família Campos. Se perder, cai no ostracismo da cena política mato-grossense.

“É evidente que estamos hoje muito mais próximos do senador [Pedro] Taques. Mas já o avisamos que, por sua envergadura e qualidade, o DEM necessariamente existe tratamento que merece, ou seja, uma vaga na chapa majoritária”, avisa o ex-governador e deputado federal Júlio José de Campos, presidente estadual DEM, e mais velho dos irmãos Campos.

“Em número de filiados, o DEM é o maior partido de Mato Grosso. São mais de 60 mil filiados. Ninguém tem mais do que nós. Aprendi desde criança que, em política, você vale quanto pesa”, argumenta ele. “Então é natural que o DEM tenha o desejo de ver um representante seu, na chapa majoritária, preferencialmente na vaga ao Senado, com Jayme”, justifica Júlio, responsável direto por conduzir as conversações com o PDT e demais agremiações.

Após ser governador, senador, deputado federal e prefeito de Várzea Grande, Júlio Campos já avisou que não é mais candidato a nada. “É hora de abrir espaço aos jovens. Vou curtir meus netos”, pontua ele.

Histórico de poder

A família Campos tem mais de 60 anos no poder. Começou com o primo Gonçalo Botelho de Campos na Prefeitura de Várzea Grande (1949-50), seguido pelo patriarca Júlio Domingos Fiote de Campos em dois mandatos (50-54) e (57-60), pai de Júlio e Jayme.

Na seqüência, também foram prefeitos de Várzea Grande: Ary Leite de Campos (1969-73), Júlio José de Campos (1974-78), Gonçalo Pedroso Branco de Barros (1978-82), Jayme Campos (1983-88, 1996-2000 e 2001-04), Nereu Botelho de Campos (1992-96).

Nesse ínterim, Júlio José e Jayme Veríssimo foram governadores e senadores de Mato Grosso. Júlio foi governador de 1983-86 e, depois, senador de 1991-99. Já Veríssimo foi governador de 1991-95 e, desde 2007, exerce o atual mandato de senador, que se encerra em fevereiro de 2015.

Todavia, as derrotas começaram a aparecer no final das década de 1990. Primeiro, Júlio foi derrotado pelo à época governador reeleito Dante de Oliveira (PSDB), em 1998. Depois, em 2004, com o então deputado estadual Campos Neto - atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), filho do primo Ary Campos, a família foi derrotada pelo empresáro Murilo Domingos, à época no PPS, apoiado timidamene pelo governador Blairo Maggi. 

A seqüência negativa continuou em 2008, com nova vitória de Murilo, agora, sobre Júlio José; e, em 2012, com a eleicao do atualm prefeito Walace Guimarães (PMDB) sobre dona Lucimar Sacre Campos, esposa de Jayme Veríssima.

Uma possível eleição de Jayme Campos, na aba de Pedro Taques, soa como "tábua de salvação" para a família mais tradicional da política de Mato Grosso, só comparada à família Sarney, no Maranhã; e de Antônio Carlos Magalhães, na Bahia.

Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet