A possível abertura de diálogo da aliança ‘Mato Grosso Muito Mais’, sugerida pelo presidente estadual do PPS, prefeito Percival Muniz, de Rondonópolis, com o comando do Partido da República (PR), não é bem vista pela maioria dos dirigentes de agremiações empenhadas na pré-candidatura do senador Pedro Taques (PDT) ao governo de Mato Grosso.

Leia mais: Tucanos e DEM batem martelo pró Pedro Taques para governador de MT, mas vaga ao Senado gera debate

“Caso eles consigam deixar os banquetes celestiais do governo Silval, serão bem vindos à mesa de diálogo. Mas tudo indica que essa proposta do Percival [Muniz] não passa de um sonho de verão”, avaliou o deputado federal Júlio Campos, presidente do DEM, diante da perspectiva de ter Maggi no palanque de Taques, em 2014.

A estratégia de Percival é considerada improvável, porém, inteligente: com o PR fazendo parte da chapa majoritária, indicando o deputado federal Wellington Fagundes como candidato ao Senado, por exemplo, Maggi ficaria impedido de disputar o governo.

“Foi uma ideia do Percival. Mas primeiro vamos consolidar o atual arco [de alianças] e, por isso, nem pensamos como isso poder ser colocado em prática”, observou o presidente do PDT, deputado Zeca Viana, ao final da reunião desta segunda-feira (09/12), no Hotel Paiaguás. Ele tratou de desconversar sobre ceder a vaga no Senado para Wellington Fagundes. “O prefeito Percival defende uma ampla coligação em favor do Pedro [Taques], mas não falou em vaga de senador na chapa”, pontuou ele.

O presidente do PSDB, deputado federal Nilson Leitão, argumenta que todos são bem vindos, mas ninguém pode chegar impondo condições. “O líder da coligação é ele. Então, primeiro temos de discutir se é melhor ou não para a maioria”, disse Leitão, apontando para Taques.

O presidente do PV, José Roberto Stopa, destaca que “todo apoio é bem vindo, desde que respeitados os princípios da coligação”. Em tradução livre: novos aliados devem apoiar taques e respeitar os mais antigos na coligação ‘Mato Grosso Muito Mais’, formada originalmente em 2010 para apoiar o atual prefeito Mauro Mendes (PSB) ao governo de Mato Grosso.

A vice-presidente do PSB, deputada estadual Luciane Bezerra, é curta e grossa e utilizou uma metáfora para refletir seu pensamento. “Não dá para misturar água e óleo”, observou Luciane, sem entrar em detalhes.