O presidente regional do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, afirmou que o juiz fedeal Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara Federal de Mato Grosso, um dos nomes mais cotados para ser candidato ao Governo do Estado em 2014, não abriu conversações com a sigla sobre uma possível filiação ou uma aliança na próxima eleição.

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“Julier não conversou comigo sobre nada. Ele não conversou com o PMDB. Nem para filiar, nem para uma aliança”, afirmou o parlamentar federal, ao ser questionado se a demora do juiz em definir em qual partido irá se filiar caso decida concorrer a um cargo eletivo em 2014. Bezerra também se negou a dar uma opinião pessoal sobre quem ele preferia apoiar, ou considerava melhor nome para candidato a sucessão do governador Silval Barbosa (PMDB).

O magistrado federal é um dos principais nomes trabalhado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) para a uma eventual candidatura ao Governo, ou até mesmo ao Senado. Entretanto, a demora dele para dar uma resposta definitiva sobre sua filiação – ele pode esperar até março para de desincompatibilizar do cargo de juiz e se filiar a um partido – estaria fazendo as siglas começarem a articular novas possibilidades.

Recentemente, o ministro Aldo Rebelo (PCdoB), em visita a Cuiabá, afirmou que acredita na filiação do juiz federal no PCdoB e espera tê-lo como trunfo para atrair o apoio do PT e PMDB na disputa pelo Governo de Mato Grosso.

“É um quadro que possui envergadura moral e, portanto, o assédio é inerente ao xadrez político. Todavia, ninguém oferece condições idênticas às do PCdoB, onde terá total liberdade para montar sua chapa [majoritária] rumo à disputa”, afirmou o ministro dos Esportes em sua passagem por Cuiabá.

Já no PT, quem vem ganhando força é o ex-vereador Lúdio Cabral, que está “de molho” desde que foi derrotado por Mauro Mendes (PSB) na disputa pela Prefeitura de Cuiabá. Apesar do revés, Lúdio saiu fortalecido e se consolidou como liderança em ascensão no Partido dos Trabalhadores. Tido como nome certo para deputado estadual, pode ser beneficiado pela indecisão de Julier.

“Se o PT precisar de meu nome para o governo ou Senado, estou pronto para cumprir com minha responsabilidade perante o Partido dos Trabalhadores”, disse o ex-vereador, em entrevista ao Olhar Direto no começo de novembro.