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Domingo, 26 de maio de 2024

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Operação Ararath enterra pretensão política de Julier, prejudica Taques e favorece Maggi ao governo, avalia analista

Foto: Olhar Direto

Blairo Maggi e Pedro Taques

Blairo Maggi e Pedro Taques

A Operação Ararath II deflagrada na última semana pela Polícia Federal e que resultou em mandado de busca e apreensão de documentos no escritório e na residência do juiz federal Julier Sebastião da Silva, até então pretenso candidato ao governo em 2014, jogou um balde de água fria nos planos eleitorais do juiz.

 
Para o analista político João Edisom de Souza, Julier está fora do jogo político para as eleições, pois, não terá como recuperar a sua imagem a tempo para a disputa. O senador Pedro Taques (PDT) candidato da oposição ao governo em 2014 também teve conversas telefônicas interceptadas, mas não sofreu tantos prejuízos quanto Julier. Na avaliação de João Edisom, nesta seara, quem nada de ‘braçada’ é o senador Blairo Maggi (PR).

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Ainda não há qualquer informação mais contundente sobre as investigações quanto ao envolvimento de Julier Sebastião da Silva, já que a operação corre sob segredo de justiça. Porém, com discurso de ‘paladino da moralidade’, o juiz federal que ainda está no exercício da função foi o mais prejudicado no aspecto eleitoral com a operação Ararath II. Conversas telefônicas do senador Pedro Taques também foram divulgadas, mas ainda não há qualquer informação sobre participação no esquema investigado, apesar de que nos bastidores, dão conta de que uma ‘bomba’ pode vir a cair no colo do parlamentar nesta semana.

Com isto, o analista político João Edisom avalia o cenário eleitoral, já que Julier estava sendo assediado por partidos como PT, PMDB e PSD para disputar o cargo de governador, mas, seus planos devem ser adiados. “Para 2014 o Julier não conseguirá disputar as eleições. Sua imagem foi manchada e não irá conseguir se recuperar a tempo”, explicou.

Conforme o analista, Pedro Taques não será tão prejudicado devido ao mandato parlamentar. “O mandato parlamentar blinda o político, porque muitas coisas que acontecem são atribuídas à oposição, e com isto, as pessoas acreditam ou não, independente das matérias veiculadas na mídia, já o Julier que está no exercício da função, não há nenhuma blindagem, a casca não é grossa como a do Taques, em que as ações podem ser atribuídas aos oposicionistas”, disse.

Porém, o analista não descarta que as vinculações dos nomes de Julier e Taques possam ser jogadas políticas. “No Brasil não podemos duvidar de nada, mas, a Operação foi deflagrada, os prejuízos aconteceram e até que se prove o contrário, ele [Julier] não tem condições de enfrentar a majoritária, não tem tempo hábil para reverter a situação”, opinou.

O senador Pedro Taques pode até lucrar com a situação, aponta João Edisom, se apontar como ‘jogada política’ em possível articulação para enterrar sua candidatura. “A origem da polêmica é a mesma, mas o Taques é senador e independente do que acontecer pode falar que a culpa é da oposição. No caso do Julier a jogada também pode ter viés político, mas sem mandato é mais difícil de explicar neste sentido, porque como juiz não tem oposição, então tudo o que bate dói”, destacou.

Como exemplo, João Edisom cita as polêmicas do jornalista Muvuca contra Pedro Taques, em que seu ‘bate-bate’ apenas serviu para fortalecer o senador.

Já sobre o senador Blairo Maggi, João Edisom explica que a disputa de 2014 irá sobrar para ele. “Todos estão sendo ‘fritos’ antes das eleições, e o senador está em uma situação muito confortável, extremamente tranquila, pois, sem nomes para a disputa, será aclamado para voltar ao governo, como o verdadeiro salvador da pátria, como a única opção. Os outros Estados já estão com candidaturas consolidadas, e Mato Grosso sequer definiu um nome”, avaliou.

Maggi é ventilado como possível indicação da presidente Dilma ao Ministério do Desenvolvimento, e caso isto não ocorra, o senador deve ser pressionado pelo arco de alianças da situação, a se candidatar ao governo para impedir que a oposição assuma o Estado após 12 anos do grupo de Maggi no poder.
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