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Domingo, 28 de abril de 2024

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Sem Maggi, Fórum suprapartidário vai promover seminários regionais para debater prioridades de Mato Grosso

Foto: Fablício Rodrigues / Divulgação

Decisão de Blairo Maggi para disputar as eleições em 2010, tendo Silval (PMDB) como governador e Chcio Daltro (PSD) como vice, saiu apenas às vésperas as convenções

Decisão de Blairo Maggi para disputar as eleições em 2010, tendo Silval (PMDB) como governador e Chcio Daltro (PSD) como vice, saiu apenas às vésperas as convenções

Dentro de no máximo duas semanas, o Fórum Suprapartidário vai iniciar uma peregrinação por 10 cidades pólos de Mato Grosso lançando o debate sobre as propostas à sucessão do governador Silval Barbosa (PMDB). Enquanto aguarda uma definição do ex-governador e senador Blairo Maggi (PR) e do próprio Silval, o grupo liderado por PMDB, PT, PSD e PR vai percorrer municípios em pré-campanha, conforme decisão tomada na noite desta segunda-feira (24), durante reunião da cúpula, no Hotel Odara, no bairro Santa Rosa – região Oeste de Cuiabá.


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Embora reconhecidamente seja o grupamento mais forte de Mato Grosso, a reportagem do Olhar Direto apurou que a aliança governista anda demonstrando dificuldade em dar rumo para as discussões e, por sugestão do pré-candidato a governador Ludio Cabral (PT), acatada pela maioria, vai promover os debates regionais. Cinco itens devem ter prioridade na pauta: Desenvolvimento Econômico, Logística, Saúde, Segurança e Educação.

“Trata-se de um momento ímpar em que se torna oportuno o debate com as bases populares e organizações sociais, de forma que possamos conhecer o pensamento médio da sociedade mato-grossnese”, ponderou Ludio.

Decano da vida pública brasileira, o presidente do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, utilizou a reunião para cobrar lealdade e discernimento. “Este é o momento em que devemos demonstrar maturidade para maximizar aquiles itens que nos une e minimizar possíveis pontos de vista diferenciados”, argumentou Bezerra, deixando implícito que a reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT) é o carro-chefe da coligação governista.

O encontro contou com representantes de PR, PMDB, PT, PSD, PC do B, PP, PSC, PRB e Pros. Todos puderam explanar suas ideias e ideais.

A Executiva do PT, representada no encontro pelo secretário geral Paulão Xavier, anunciou que o a agremiação possui dois pré-candidatos a governador: Ludio Cabral e o juiz Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara Federal de Mato Grosso.

A surpresa foi o Partido da República: o presidente da sigla, deputado federal Wellington Fagundes, e o secretário geral, deputado Emanuel Pinheiro, apresentaram o ex-prefeito Maurício Tonhá, o ‘Maurição da Água Boa’, como único pré-candidato a governador pelo PR.

Considerado ‘queridinho’ de Blairo Maggi, o suplente de senador José Aparecido Cidinho Santos (PR) não teve seu nome sequer citado como pré-candidato, como a maioria esperava. “Cidinho não apresentou seu nome à Executiva do PR e, portanto, não temos como saber de sua pretensão em ser pré-candidato”, desconversou Fagundes. Maurição e Cidinho não compareceram à reunião.

O PSD foi representado pelo seu presidente regional, vice-governador Chico Daltro, enquanto o Pros teve voz com o deputado federal Valternir Pereira, e o PCdoB com Aislan Galvão.

Pressão em Maggi

Convidado de honra do grupo, “para conversar com seus liderados”, o senador Blairo Maggi deixou de comparecer porque viajou a Cuba com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre alguns seguidores, existe quase um consenso de que ele tenta protelar ao máximo o anúncio de que irá entrar no processo eleitoral, como fez em 2002, 2006 e, depois, 2010.

Blairo Maggi continuaria sendo apontado em pesquisas internas como o preferido dos mato-grossenses para a disputa do Palácio Paiaguás. Mas a reportagem do Olhar Direto apurou que Maggi já não está tão inflexível, como antes, a exemplo de suas declarações até janeiro passado.

No entanto, que atrai Maggi no momento é a autorização do Banco Central para a criação do Banco Amaggi, uma instituição de fomento. É evidente que a autorização teve influência da presidenta Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, amigo de Maggi.

E é provavelmente por conta deste e de outros favores que Lula e Dilma aumentam dia-a-dia a pressão para Blairo se candidatar novamente a governador de Mato Grosso. Atualmente Maggi tenta consolidar a imagem internacional do seu conglomerado, que atua nas divisões Tradding Amaggi, Agro, Navegação e Energia.

Até o momento, Blairo resiste à pressão de Dilma Rousseff e de Lula. Além de ir a Cuba com o ex-presidente Lula, na volta ele terá uma nova reunião com Dilma para discutir a sucessão em Mato Grosso.
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