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Domingo, 28 de abril de 2024

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Mesmo após apelos de governistas, Maggi não descarta PR em outra aliança e deixa todas as portas abertas

Foto: Jardel P. Arruda - Olhar Direto

Mesmo após apelos de governistas, Maggi não descarta PR em outra aliança e deixa todas as portas abertas
Mesmo depois de passar cerca de três horas reunido a portas fechadas com líderes dos principais partidos da base governista, o senador Blairo Maggi (PR) não confirmou que o Partido da República irá marchar junto da base governista durante as eleições de 2014, tampouco se colocou próximo da oposição. Na prática, o republicano manteve abertas todas as possibilidades de alianças para o PR, e mantém o quadro sucessório de Mato Grosso como uma incógnita.


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Blairo foi o último a sair da reunião, realizada na noite de segunda-feira (31), na sede do Grupo AMaggi, em Cuiabá. Estrategicamente, deixou todos os líderes partidários da base governista passarem pelo saguão da empresa, cheio de jornalistas de plantão, para só depois, cercado apenas de companheiros do PR. Sem a pressão e vigia das outras siglas, afirmou que não se comprometeu a estar na base aliada. "Não houve uma determinação para ficar na base. Não tenho certeza que todos esses partidos que estiveram aqui permanecerão na base após um período de construção de candidaturas e de definições", afirmou.

A declaração de Maggi contrariou as entrevistas dadas minutos antes pelo governador Silval Barbosa (PMDB), pelo deputado federal Valtenir Pereira (PROS) e pelo deputado estadual Alexandre César (PT). Para o governador e para os outros governistas parecia estar clara a disposição do senador se manter com eles até o final. E quando questionado sobre a possibilidade de ser candidato e contradizer uma coletiva dada em 2013, na qual ratificou a decisão de ficar fora do processo eleitoral de 2014, adotou uma postura complacente para com os aliados e, ao mesmo tempo, misteriosa sobre qual a verdade do seu futuro político:

"Essa é a primeira reunião da base aliada que participo. Eles já vinham se reunindo há algum tempo e tendo avanços. (...) Eu fiz um relato de que desde 2010 sinalizo que não disputaria mais eleições, mas me fizeram um apelo, coisa normal da política, para ser o candidato. Me deram mais tempo para pensar, refletir minha condição. Mas eu já decidi faz tempo", disse. "Não há possibilidade de eu mudar de ideia. Mas eles vão me procurar daqui a vinte ou trinta dias. E, para não ser indelicado, vou usar esse tempo para refletir", completou.

Por outro lado, Maggi também afirmou que tem se afastado do senador Pedro Taques (PDT), pré-candidato da oposição, devido a postura de anti-Dilma Rousseff (PT) do pedetista. "Já conversei bastante com o senador Pedro Taques. Estávamos construindo um entendimento. Era uma atitude pessoal minha, ainda faltava levar para dentro do PR. Mas as últimas decisões do senador Pedro, as quais eu entendo e não recrimino, são legítimas e muito coerente com a postura dele no Congresso, atrapalharam um pouco as coisas. Criou um desconforto e fez esfriar as conversas", explicou.

Blairo deixou claro que é apoiador incondicional da tentativa de reeleição da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, essa é uma estratégia de benefício econômico para Mato Grosso adotada há anos, desde a sua primeira gestão como governador, em 2002. Contudo, assim como deixou as portas abertas para a base governista, também manteve a possibilidade de uma aliança PDT-PR, condicionada a mudança de postura de Taques perante a presidente petista. "Pode ser que amanhã ele (Pedro) mude de ideia", sugeriu.
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