O presidente regional do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra (PMDB), afirmou que seria “eticamente ruim” para o PR deixar a base governista e passar a atuar como oposição ao Governo Silval Barbosa (PMDB) durante as eleições. Ele destacou que a sigla republicana faz parte da atual máquina administrativa desde os primórdios, com indicação que vão desde a maioria dos secretários de Estado a até mesmo as indicações dos menores cargos comissionados, em maior escala que o próprio PMDB, partido do governador Silval.

Leia mais: Mesmo após apelos de governistas, Maggi não descarta PR em outra aliança e deixa todas as portas abertas

“Eles tem mais poder no governo que nós (PMDB). Então eu acho que seria eticamente muito ruim para o PR”, ponderou o parlamentar federal, há quatro décadas dirigente do Partido do Movimento Democrático Brasileiro no Estado, ainda antes da reunião entre as lideranças da base governistas com o senador Blairo Maggi, realizada na noite de segunda-feira (31), na sede central do grupo AMaggi, em Cuiabá.

Na ocasião, os aliados fizeram um apelo para o líder republicano garantir a permanência na base governista e deixar de negociar com partidos de oposição, como o PDT do senador e pré-candidato ao governo Pedro Taques. Apesar de boa parte deles do encontro satisfeitos, Maggi não bateu o martelo sobre qual será o destino do Partido da República, situação ou oposição.

Como lembrou Bezerra, no começo do governo Silval, o PR chegou a ter oito secretários de Estado, enquanto PMDB, por indicação orgânica, possuía apenas três. Após muitas batalhas internas, o governador só “abriu” o governo para o próprio partido em fins de 2012. Por isso, o deputado federal alfinetou os insistentes flertes republicanos com a oposição.