Detentor do maior numero de filiados em Mato Grosso, com mais de 50 mil seguidores, o Democratas crê ter condições de ser o ‘fiel da balança’ nas eleições deste ano e, por isso, abriu deve vez diálogo com todas as agremiações. O alerta partiu do senador Jayme Campos, da Executiva do DEM, ao responder para o governador Silval Barbosa (PMDB) que não existe a menor possibilidade de disputar o Palácio Paiaguás, novamente, e que os Democratas irão se juntar onde forem recebidos de braços abertos, com “tratamento vip”.

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“Em política não existe essa história de dizer: dessa água, eu não beberei. mas eu asseguro não tenho intenção de tentar ser governador outra vez. Isso é para os jovens. Estou com 63 anos, cabelos brancos, cansado e creio ser possível contribuir com a República, em outro mandato no Senado”, argumentou Campos, para a reportagem do Olhar Direto. Pouco antes, Silval tinha sugerido que Jayme entrasse na disputa pelo governo de Mato Grosso, por ter histórico e envergadura para a empreitada.

Jayme avisou que o DEM vem conversando com praticamente todos os partidos. “O diálogo é inerente ao jogo político e, certamente, até 30 de junho, prazo final das convenções, muita água ainda vai rolar sobe essa ponte”, justificou ele, utilizando de uma metáfora para citar que mudanças bruscas são possíveis.

Desde a semana passada, o DEM estreitou conversações com o PTB, que lançou o ex-diretor do Dnit, Luiz Antônio Pagot, como pré-candidato a governador na tentativa de construir a chamada ‘terceira via’. No mesmo grupo estão PSDB e SDD, para facilitar uma possível composição proporcional para a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados.

Campos deixou implícito o descontentamento do DEM, em supostamente ter sido relegado a um plano inferior pelo senador José Pedro Taques, pré-candidato ao governo de Mato Grosso pelo PDT, o que teria levado os democratas a se aproximar da pré-candidatura de Luiz Antonio Pagot.

Jayme confirmou que Silval Barbosa convidou o DEM para compor a base aliada, “em condições favoráveis”. Porém, Campos prefere construir a candidatura à reeleição como senador de oposição.