Principal “objeto de desejo” da oposição desde o segundo semestre do ano passado, o Partido da República “estréia” em reunião do Movimento Mato Grosso Muito Mais em reunião-jantar na noite desta segunda-feira (12/05), na residência do senador José Pedro Taques, pré-candidato ao governo de Mato Grosso pelo PDT. No cardápio, o formato da chapa majoritária de Taques, seguido de galinhada com arroz e, na sobremesa, furrundu e pudim.

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Responsável direto pelo diálogo com o PR, o coordenador da coligação e presidente do PSB, prefeito Mauro Mendes, vai tentar acalmar os ânimos dentro do arco de aliança pró Taques, principalmente PSDB e DEM. Pedro Taques não fala sobre o assunto, embora Mendes demonstre otimismo.

A reação tucana é mais forte. “Não dá para o PR querer ser oposição dentro do governo. É no mínimo um 'tapa na cara' do eleitor. Não dá para tratar eleição e tratar política dessa forma”, lamentou o presidente do PSDB, deputado federal Nilson Leitão, referindo ao fato de o Partido da República ser detentor de centenas de cargos no governo Silval.

Quem também reprova a idéia é a cúpula dos Democratas. O presidente do DEM, deputado federal Júlio Campos, também entende que o PR só pode dialogar com a oposição se entregar os cargos que possui na administração do governador Silval Barbosa (PMDB).

A reportagem do Olhar Direto apurou que, na cúpula do PR, apenas o presidente da Executiva, deputado Wellington Fagundes, e o secretário geral, deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), são claramente favoráveis ao estreitamento com Taques. Os demais tratam o tema com ressalvas. Fagundes e Pinheiro não acreditam que Pedro Taques, embora seja oposição, teria dificuldade para explicar a presença do PR em seu palanque – os republicanos são governo há 12 anos.