O presidente regional do PSB, prefeito Mauro Mendes, responsável por fazer a interlocução entre o grupo da oposição, liderado pelo pré-candidato ao governo e senador Pedro Taques (PDT), com o Partido da República, afirmou que os últimos acontecimentos decorrentes da quinta fase da Operação Ararath, podem mudar vontade de os republicanos em uma aliança.

“O diálogo com todos os partidos continua, mas fatos novos podem fazer alguns de nós mudar uma opinião que estava formada”, respondeu, ao ser questionado se continuaria a tentar levar o PR para a oposição, na tarde desta quinta-feira (29), no anúncio do PV-PRB-PRP-PSC e PSDC entre os oposicionista.

Após jornalistas insistirem em perguntar se seria prejudicial ao discurso de ética, adotado por Taques, ter o senador Blairo Maggi (PR), citado várias vezes nas investigações sobre lavagem de dinheiro da Ararath, como aliado, Mauro confirmou. “É exatamente isso que eu estou falando. Componentes novos nos fazem mudar a nossa opinião sobre ter um partido ao nosso lado. Mas não podemos fechar os diálogos, até mesmo em respeito a população”, ponderou.

Sem prejulgamentos

Apesar de dizer que a Operação Ararath pode ter alterado a decisão de ter ou não o PR no grupo da oposição, Mauro Mendes alertou para que tenham calma e analisem com cuidado o real envolvimento dos citados nas investigações. “Eu mesmo fui uma vítima. Uma análise simplista, superficial e distorcida me fez vítima dessa operação”, pontuou.

O gabinete e a casa de Mauro Mendes foram alvos de busca e apreensão da Polícia Federal durante a quinta fase da Ararath. O prefeito contraiu um empréstimo de R$ 3 milhões com a empresa Amazônia Petróleo durante outubro de 2012 e caiu em suspeita após a mesma empresa ter assinado um contrato de emergência – com dispensa de licitação – com a Prefeitura de Cuiabá em um valor similar.

Mudou

Anteriormente, Mauro Mendes chegou a afirmar que havia feito um acordo com Blairo Maggi para o se juntar a oposição. “Missão dada, missão cumprida”, disse. Contudo, a notícia foi mal digerida pelos colegas oposicionistas, principalmente por Jayme Campos (DEM), pré-candidato a reeleição ao Senado, o qual seria rifado do processo para dar lugar ao deputado federal Wellington Fagundes (PR).