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Domingo, 28 de abril de 2024

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Serys questiona se foi preterida por ser mulher ou por dinheiro e diz que PTB se apequena

Foto: Reprodução

Serys questiona se foi preterida por ser mulher ou por dinheiro e diz que PTB se apequena
Alijada. É assim que a ex-senadora Serys Slhessarenko (PTB) disse se sentir após o PTB decidir marchar ao lado de pré-candidato ao governo da oposição Pedro Taques (PDT) e do pré-candidato a reeleição senador Jayme Campos (DEM) e abrir mão de lançá-la ao Senado Federal, conforme lhe foi prometido em 2013, quando ela filiou-se ao partido. Para ela, é os critérios usados para decidir pela candidatura do democrata em detrimento da dela são obscuros.


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"Não tenho nada contra a pessoa do senador Jayme Campos. Temos nossas diferenças ideológicas, mas só. Agora, eu coloco em xeque é o grupo que decidiu pela candidatura dele ao invés da minha. Até agora ninguém explicou qual o critério adotado. É porque não querem nenhuma mulher na majoritária? É a ideologia dele que é mais próxima a do Pedro? Ou foi estrutura financeira, dinheiro?", questionou Serys.

Para Serys, a questão financeira e o fato de ser mulher foram os que mais pesaram na decisão da coligação. De acordo com a ex-senadora, apesar da maioria dos políticos homens adotarem o discurso de que as mulheres precisam participar da política, quando elas tentam eles as alijam e rifam do processo.

"Por isso não vou subir ao palanque de ninguém. Vou subir para dizer o que? 'Povo, esses aqui são os políticos que não quiseram uma mulher na chapa majoritária'. Ninguém vai querer esse discurso no palanque, não é?", asseverou.

Traição

Uma coisa que a ex-senadora não esquece é que quando filiou-se ao PTB o presidente regional da sigla, Chico Galindo, e o nacional, Benito Gama, garantiram a ela candidatura ao Senado e prometeram "nenhuma traição".

Serys Slhessarenko se desfiliou do PT na reta final do segundo turno das eleições municipais de 2012. No ato de desligamento ela apresentou uma carta acusando o então candidato a prefeito Lúdio Cabral (PT) de buscar poder a qualquer custo e se disse vítima de uma perseguição por parte do grupo encabeçado por Carlos Abicalil (PT) iniciada dois anos antes.

Em 2010, acabava o mandato dela no Senado e, ao invés de o partido garantir o direito dela tentar a reeleição, optaram Abicalil. Ele acabou derrotado por Blairo Maggi (PR) e pelo atual pré-candidato da oposição, Pedro Taques (PDT), que então ganhava o status de senador.

"Eles não precisavam ter dito isso. Eu entrei no PTB sem me impor ao Senado, mas aí os dois me colocaram nessa disputa e me prometeram que eu seria candidata. Disseram para eu ficar tranquila e fizeram discurso dizendo que eu não seria traída. E agora, isso", lamentou a ex-senadora.

De acordo com Serys, todas essas promessas acabaram inviabilizando até mesmo uma candidatura dela a deputada federal, como o partido agora insiste. "Eu percorri o estado dizendo que seria candidato ao Senado. Lideranças me perguntavam: 'você não vai mesmo a federal? Se não vai, vou apoiar fulano a federal'. E eu garantia que não. Então como que agora vou dizer o contrário e pedir apoio? E quem vai a federal está no trecho faz tempo", explicou.

             

Apequenamento

Serys acredita que o PTB está se apequenando ao se submeter as condições impostas pelas outras siglas. Para ela, a sigla se fortaleceria caso lançasse uma chapa pura so Senado e suas chapas proporcionais, podendo escolher um candidato ao governo para apoiar. Dessa forma, todos candidatos petebistas teriam destaque ao invés de ficarem perdidos entre todos os outros de uma base superlotada.

"Nós poderíamos muito bem fazer dois ou até três deputados assim. Teríamos nosso tempo de tv só para os nossos candidatos. Teríamos nosso destaque. Agora, em uma coligação ampla como a do Taques, com mais de 200 candidatos a deputado, quem acha que o majoritário vai pedir voto para cada um dos nossos candidatos? Vai no máximo subir no palanque e dizer 'O PTB está conosco'", ponderou.
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