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Investigações apontam para crime passional e delegados não acreditam em motivação política

08 Jul 2014 - 19:18

Da Redação - Priscilla Silva/Patrícia Neves

Investigações apontam para crime passional e delegados não acreditam em motivação política
Os delegados da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoas (DHPP), Anaíde Barros e Walfrido Nascimento, acreditam que não há outras motivações senão crime passional no assassinato do ex-secretário de Infraestrutura de Mato Grosso Vilceu Marchetti. Isso porque em um primeiro momento, chegou a ser cogitada uma possível motivação política na morte de Marchetti, que teve o nome envolvido em investigações do "Escândalo dos Maquinários" e chegou a ser denunciado pelo Mistério Público.


Netos de Vilceu de 14 e 9 anos ouviram discussão que antecedeu assassinato de ex-secretário

Marchetti foi morto na noite desta segunda-feira (07), na fazenda Marazul, próximo ao distrito de Mimoso, em Mato Grosso. Para a delegada Anaíde Barros, Anastácio Marafon, de 53 anos, o assassino confesso, declarou que apenas sabia que Marchetti trabalhava como administrador da fazenda e que não tinha conhecimento de sua atuação pública. Anastácio e sua esposa, Angela Santos, de 36 anos, há seis anos trabalhavam para os proprietários da fazenda em Santa Catarina, porém estavam em Mato Grosso há apenas oito dias.

“Eles trabalhavam para essa família em outra propriedade no município de Água Doce, em Santa Catarina, o casal veio para Mato Grosso para trabalhar na fazenda em Mirazol no lugar de Marchetti que já havia declarado que não tinha interesse em continuar na administração”, explicou a delegada.

O delegado Walfrido Nascimento também acredita que não haverá nenhuma surpresa no caso. “As investigações estão consistentes e há muitos elementos que apontam para um crime passional. O suspeito confirma que executou a vítima porque ele assediou a sua mulher. O relato do proprietário da fazenda, que escutou a discussão entre os dois, os depoimentos dos netos, tudo indica para um crime passional”, pontua.

Ao todo dez pessoas foram interrogadas durante toda essa madrugada, dentre elas estão os dois netos da vítima, um de 14 e outro de 9 anos, além de peões da fazenda, o proprietário e sua famílias. Em uma das declarações colhidas, o neto de Marchetti de 14 anos afirmou que o relacionamento entre o ex-secretário de Infraestrutura de Mato e o seu assassino, era “meramente profissional”.

O crime

As investigações dão conta que durante a tarde de segunda-feira (07), Marchetti e Anastácio trabalharam juntos na vacinação do gado, da fazenda Mirazol. Quando retornaram para as casas da fazenda Anastácio presenciou o ex-secretário dando um tapa nas nádegas de sua esposa.

Diante da cena, Anastácio não tomou nenhuma iniciativa, mas depois do jantar decidiu tomar satisfação com sua esposa, Angela Santos. Extremamente nervoso, ele exigiu que a mulher dissesse a verdade, dando socos em uma mesa. Ela acabou confirmando o ocorrido e em seguida negado já ter algum tipo de envolvimento com a vítima.

Anastásio, que tinha o costume portar uma arma devido a presença de onças na região, foi até a casa em que estava o ex-secretário de Infraestrutura. Ao se deparar com a porta apenas encostada, ele entrou. Marchetti estava dentado na cama quando foi assassinado. O proprietário da fazenda relatou aos delegados que chegou a escutar Marchetti dizendo, “não pegue a arma”. Ele também ouviu os disparos, mas aguardou alguns minutos para sair da casa ao lado por temer pela segurança de sua família.

Investigações

O crime será investigado pelo titular da Delegacia da Polícia Civil de Santo Antônio do Leverger, Sidiney Caitano, e deverá ser concluído no prazo de dez dias. Anastácio foi preso em flagrante e foi autuado por homicídio, ainda sem qualificação.

Na delegacia de Santo Antônio de Leverger, a esposa do suspeito, Ângela dos Santos se mostrou preocupada para onde o marido foi encaminhado e como ela poderia visitá-lo e recebeu orientação dos policias sobre os procedimentos.
Questionada pela reportagem do Olhar Direto sobre se o marido era uma pessoa ciumenta, ela se limitou em responder que “tinha muita coisa para fazer que os filhos estavam abandonados e tinha que ir embora”.
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