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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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novas investidas

Janot diz que processo eleitroral não interfere no curso da Ararath; nova fase pode acontecer durante campanha

Janot diz que processo eleitroral não interfere no curso da Ararath; nova fase pode acontecer durante campanha
O procurador geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que o pleito eleitoral já em curso não irá interferir na atuação do Ministério Público Federal e da Procuradoria Geral da República, com relação a novas investidas em busca de provas contras os investigados da Operação Ararath, o que significa que uma nova fase pode ser desencadeada ainda durante a campanha.


Janot afirma que nesta sexta-feira (11) fará visitas a sede da Polícia Federal e do Ministério Público Estadual de Mato Grosso com o intuito de ‘compartilhar estratégias’ daquilo que jpa foi apurado até aqui pela força tarefa de procuradores.

“Esses atos todos precedem ao processo eleitoral. Ao ministério público não é dado o não atuar. Se existe coincidente um processo eleitoral desencadeado agora, isso foi iniciado bem antes e atos foram praticados antes. Mais um motivo da preocupação minha em manter sob sigilo essas medidas invasivas para que a gente não interfira no processo eleitoral em curso. Agora, porque existe um processo eleitoral, o Ministério Público não pode deixar e atuar”, disse em entrevista coletiva concedida na noite desta quinta-feira (10), em Cuiabá.

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Segundo ele, existem em tese ilícitos, ilícitos graves que merecem apuração e punição, independente do processo eleitoral de investigados estarem na disputa. “O Ministério Público não escolhe quem investiga. As pessoas quando praticam os atos, sabem muito bem a extensão daquilo que fazem. Como a gente não escolhe a quem investiga, eu não estou interferindo em processo político e eleitoral algum. Quem tiver participação nesses atos, vai responder judicialmente. Quem não tiver, não vai responder. Simples assim”, explicou.

O procurador disse que a presença dele em Cuiabá é para que tome conhecimento do que até agora já foi apurado e para traçar novas estratégias em conjunto com todos os procuradores na condução das investigações da Ararath.
“As investigações prosseguem, algumas já em fase bastante adiantada e outras que ainda revelam a necessidade de outras provas, de outras apurações. Então estou aqui, para de forma conjunta, como a investigação é de minha responsabilidade, definir em conjunto com todos eles as estratégias que doravante seguirão nessas investigações”, adiantou.

O procurador pediu a compreensão de todos com relação ao conteúdo do que foi encontrado nos documentos apreendidos e disse que permanecerão sob sigilo até que a Procuradoria possa judicializar todas as questões e provavelmente desencadear uma nova fase da Operação Ararath.

“Assim que judicializarmos o que encontramos, aí sim será levantado o sigilo e os senhores a sociedade como um todo poderão ter conhecimento do que foi apurado e do que está judicializado. Se houver ou não novos atos, isso é uma coisa que a gente não revela com antecipação, sob pena de prejudicar o que é. O que eu posso dizer é que foi deliberado aqui, a definição de estratégia no prosseguimento das investigações”, finalizou.

Ararath

A Operação Ararath investiga um complexo esquema de lavagem de dinheiro - cuja estimativa de movimentação ultrapassa R$ 500 milhões – para o ‘financiamento’ de interesses políticos no Estado. Uma lista apreendida pela PF aponta que pelo menos 70 empresas utilizaram ‘recursos’ oriundos de esquemas fraudulentos de empréstimos.

A ação policial levou para prisão Eder Moraes,uma das figuras políticas mais emblemáticas do Estado. Homem forte do governo Blairo Maggi, atuou em cargos de destaques durante a sua gestão (2003 a 2010), como secretário de Fazenda, presidente da Agência da Copa do Mundo (Agecopa), da Casa Civil e também diretor da Agência de Fomento de Mato Grosso.

O próprio Blairo Maggi, agora senador, é investigado no esquema, assim como o governador Silval Barbosa (PMDB), o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), membros do Judiciário, Ministério Público, empreiteiros e empresários supostamente ligados ao ramos da agiotagem.
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