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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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Indicada à Suprema Corte diz que não foi questionada por Obama sobre aborto

A juíza Sonia Sotomayor disse nesta quarta-feira que não foi questionada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre suas opiniões a respeito do aborto antes de ser nomeada por ele para Suprema Corte do país.


"Não fui questionada por ninguém, incluindo o presidente, sobre minhas opiniões a respeito de nenhum assunto legal específico", disse no terceiro dia de audiências no Comitê de Justiça do Senado, que deverá confirmar sua indicação ao mais alto tribunal americano.

A resposta foi dada ao senador republicano John Cornyn, que perguntou sobre um relatório feito por oficiais da administração para tranquilizar grupos de direitos humanos sobre sua posição a respeito do aborto.

Sotomayor, 55, pode se tornar a primeira hispânica e a terceira mulher a fazer parte da Suprema Corte.

Origem hispânica é foco de atenção em audiência de indicada para a Suprema Corte

O senador Cornyn questionou a juíza mais uma vez sobre um controverso discurso feito em 2001, em que disse que uma juíza "latina esperta" poderia chegar a melhores decisões do que um homem branco.

Ela repetiu o que havia dito nesta terça-feira --que o comentário gerou um "mal entendido".

"Entendo que algumas pessoas compreenderam [as palavras] de uma maneira que eu nunca pretendi [dizê-las]."

Cornyn insistiu, perguntando se ela se arrependeria se os estudantes que acompanharam seu discurso entendessem que, para ela, a qualidade de um juiz depende da raça, gênero ou etnia dele.

"Eu me arrependeria disso", afirmou.

A sala do Comitê de Justiça do Senado está cheia pelo terceiro dia seguido de audiências, e turistas aguardam do lado de fora para testemunhar momentos da sessão.

Audiências


Nesta quarta-feira, a comissão do Senado ouvirá algumas testemunhas convocadas por ambos os partidos.

No final, será realizada uma sessão de perguntas e respostas que ficaram pendentes de um encontro à portas fechadas com membros do comitê e Sotomayor.

Na reunião, os senadores analisaram informações sobre o passado, as finanças e a vida em geral da juíza, elaboradas pelo FBI (a polícia federal americana), e qualificadas pelo presidente da comissão, Patrick Leahy, como "rotineiro".

Apesar da indagação feroz a que está sendo submetida, Sotomayor deve ser confirmada, já que os democratas contam com os 60 votos necessários para convertê-la na primeira hispânica e na terceira mulher a chegar à Suprema Corte.

A juíza irá substituir David Souter, que está se aposentando. Ela fará parte da ala liberal e não irá alterar o equilíbrio ideológico existente na corte, que conta com quatro conservadores, quatro liberais e um centrista, Anthony Kennedy, que geralmente dá o voto o Minerva quando há empate.
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