Com uma política diferente da dos outros candidatos sobre como conquistar aliados para a campanha eleitoral de 2014, o candidato ao Governo de Mato Grosso Lúdio Cabral (PT) ironizou a forma usada pelos outros dois principais nomes da disputa, José Riva (PSD) e Pedro Taques (PDT), para declarar ter o apoio de lideranças políticas.
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“Não dá para acreditar nessas contas de 300 vereadores, 70 prefeitos. E se for levar a sério todos os apoios que os outros candidatos dizem possuir, Cuiabá tem 37 vereadores, e não 25”, brincou Lúdio, que é ex-vereador de Cuiabá e conhece bem os meandros da Câmara Municipal. Segundo ele, ao invés de brigar por números, ou até mesmo falsas declarações, o melhor é amarrar poucos, mas comprometidos aliados.
Para Lúdio Cabral, seus adversários estão tentando arrastar pessoas para a campanha mesmo contra a vontade. “Na foto do Taques com os vereadores, eu não vi ninguém sorrindo. Aquilo me passou a impressão não de apoio, mas enquadramento”, ponderou o petista, que afirma contar incondicionalmente com os dois vereadores do PT na Câmara – Arilson da Silva e Allan Kardec .
Lúdio também disse esperar pela colaboração dos parlamentares de partidos aliados, mas sem querer pressionar ninguém. “Só quero ter na minha campanha, quem tem convicção no meu projeto”, explicou. O mesmo argumento ele usou sobre o senador Blairo Maggi (PR), que é considerado uma das maiores lideranças políticas de Mato Grosso, aliado de primeira hora da presidente Dilma Rousseff (PT), mas tem optado por se manter fora do processo eleitoral de 2014.
“Para mim, seria um honra ter um político como o Blairo Maggi na minha campanha. Um político com uma das melhores avaliações populares de Mato Grosso. Mas não posso forçá-lo a nada. Eu espero ter ele nos meus programas e no meu palanque, mas essa é uma decisão dele”, disse Lúdio.
Boa recepção
Na caminhada que fez pelo Centro de Cuiabá na tarde de terça-feira (05), Lúdio Cabral provou ainda ter a simpatia de boa parte da população que ele conquistou nas eleições de 2012, quando foi derrotado por Mauro Mendes (PSB) na disputa pela Prefeitura, mas alcançou uma votação expressiva e levou o pleito ao segundo turno.
Muito assediado pelos populares, ele distribui autógrafos, abraços e muitos sorrisos. E apesar de Francisco Faiad (PMDB), que foi seu vice na disputa de 2012, não ser mais seu companheiro de chapa majoritária, não faltaram cartazes do peemedebista, que agora encara uma disputa pela Assembleia Legislativa.
