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Terça-feira, 14 de maio de 2024

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PARA QUEM JÁ VIU O PFL

Júlio Campos admite que DEM perde força em Mato Grosso, mas nega luta para não virar nanico

Foto: Ronaldo Pacheco / Olhar Direto

Júlio Campos com o filho Júlio Neto (d), candidato a deputado: última cartada

Júlio Campos com o filho Júlio Neto (d), candidato a deputado: última cartada

De um deputado federal e três estaduais eleitos em 2010, o Democratas de Mato Grosso pode conseguir no máximo dois estaduais, quatro anos depois, nas eleições deste ano. E, mesmo assim, o presidente regional do DEM, ex-governador e deputado federal Júlio José Campos, não considera que a agremiação esteja se apequenando.


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“Não é ‘privilégio’ do DEM de Mato Grosso. Não! É uma questão nacional. Prova disso é que o DEM sequer indicou o candidato a vice-presidente [como sempre fez], na chapa do PSDB. Estamos lutando para continuarmos com a grandeza de outrora”, explicou Campos, do alto de quase quatro décadas de experiência.

Em 2010, o DEM elegeu Júlio Campos para a Câmara Federal e, também, Zé Domingos Fraga, Dilmar Dal’Bosco e Gilmar Fabris para a Assembeia Legislativa. Júlio se aposentou e não é mais candidato a nada. Zé Domingos e Gilmar Fabris migraram para o PSD, sobrando apenas Dilmar na busca da reeleição pelo DEM.

Júlio Campos não acredita que o declínio tenha ocorrido por causa da mudança de nome, março de 2007, quando o então Partido da Frente Liberal (PFL) deixou de existir e se transformou Democratas (DEM). “O partido sofreu uma sangria desatada, com a criação do PSD e, em menor escala, do Pros”, justificou Júlio, para a reportagem do Olhar Direto.

O fato de estar há 20 anos fora do poder em Mato Grosso também influenciou decisivamente na migração progressiva para outras legendas. “O último governador do DEM foi Jaime Campos, cujo mandato se encerrou em 1994. De lá para cá, foram apenas pauladas na moleira”, citou o dirigente Democrata.

Júlio José não considera o atual senador Blairo Maggi (PR), que foi governador por dois mandato (2003-10), como representante do DEM. Mesmo sendo afilhado do senador Jonas Pinheiro (in memorian), Maggi teria ignorado o PFL em seus mandatos de governador.

“Blairo Maggi nunca ligou para partidos. Teve ajuda decisiva do PFL e do Jaime [Campos] para conquistar o governo. Mas não deu bola para o PFL para montar sua equipe e governo como quis”, argumentou ele.

Atualidade

Diante da desistência do seu irmão, senador Jaime Campos (DEM), de disputar a reeleição, a preocupação de Campos, no momento, está com a chapa de deputado estadual, principalmente com seu filho, Júlio Neto, e com Dilmar Dal’Bosco. Ele não é tão confiante na tese de que serão eleitos cinco deputados estaduais na chapa que conta com candidatos de PDT, PSDB e DEM.

“Fala-se na conquista de 350 mil votos até mesmo 400 mil votos, na coligação ‘Coragem e Atitude para Mudar I’, para deputado estadual. Então, seriam eleitos mais de cinco, já que o quociente eleitoral é de 72 mil votos. Mas a situação não é tão simples, assim”, pontuou Campos, que tem se empenhado na candidatura do filho.
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