O senador Jaime Campos (DEM) praticamente descartou a nova candidata do PSB à Presidência da República, ex-ministra Marina Silva, como problema em potencial para o presidenciável do PSDB, Aécio Neves, em Mato Grosso. Todavia, fez um alerta quanto às dificuldades do tucano enfrentar as “táticas eleitoreiras” da presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT.

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“O PSDB sempre esteve à frente em Mato Grosso, mas o cenário mudou. As pesquisas mais recentes já mostram o PT à frente. É muito difícil enfrentar quem pensa em política pensando já nas próximas eleições, não nas futuras gerações, no desenvolvimento do país. Não se pode desprezar a força da máquina que usa táticas eleitoreiras”, afirmou o senador democrata, em entrevista ao Olhar Direto.

Jaime Campos avaliou que Aécio precisa ser conhecido melhor pelo público de Mato Grosso, e o horário eleitoral gratuito pode ajudar nesse sentido. Uma das dificuldades de conseguir apresentar o candidato tucano seria a “frieza” da população em relação às eleições desse ano, o que pode ser alterado com os programas na televisão.

O senador democrata ainda considera o candidato ao governo Pedro Taques (PDT) como a “grande força” de Aécio. Primeiro colocado em todas as pesquisas de intenção de voto e fechado com parte do setor do agronegócio, o pedetista seria usado para apresentar o tucano ao eleitorado mato-grossense.

Quanto à entrada de Marina Silva, o democrata lembrou que ela possui forte resistência em Mato Grosso desde quando esteve à frente do Ministério do Meio Ambiente, no governo Lula, e realizou uma gestão categorizada pela classe como “ideológica”.

Jaime ainda analisou que boa parte dos votos dela no restante do país, aonde Marina aparece à frente de Aécio Neves e com uma vitória sobre Dilma Rousseff em um eventual segundo turno, são fruto da comoção nacional, em decorrência a trágica morte do presidenciável Eduardo Campos, na semana passada.

“Ela apareceu tão bem nas pesquisas devido a comoção nacional pela morte do Eduardo Campos. Mas isso deve mudar com o passar do tempo. O luto vai passar e a expectativa de votos dela vai cair, voltar ao real, e aí poderemos analisar com mais tranquilidade o cenário”, ponderou Campos.