O empresário Eraí Maggi (PP) garantiu na última sexta-feira (22), durante a inauguração da nova sede da Ampa e Aprosoja, em Cuiabá, que vai sim ser um dos coordenadores da campanha da presidente Dilma Rousseff em Mato Grosso, contrariando o que vem falando o presidente do PT no estado, William Sampaio. Segundo o progressista, ele tem aval da cúpula do Palácio do Planalto para apoiar Dilma e também Pedro Taques (PDT), desafeto da presidenciável petista no Congresso Nacional.

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"É lamentável que ele [Sampaio] esteja dispensando apoio. A presidente Dilma não pode dispensar nenhum tipo de apoio. Vamos apoiar sim a Dilma em Mato Grosso, acho uma pena ele querer dispensar, mas isso está muito bem acertado com a cúpula do Palácio, está combinado com a Dilma, com o Aloízio Mercadante e com o Gilis [Azevedo]", afirmou Maggi.

Na semana passada, em entrevista ao Olhar Direto, Sampaio disse que a coordenação da campanha de Dilma está sob sua responsabilidade e tem o projeto de Lúdio Cabral como base no estado. Disse ainda que Erai pertence a um grupo contrário a Dilma.

Eraí, entretanto, mesmo após saber das declarações do presidente do PT em Mato Grosso, enfatizou que a cúpula do governo federal o liberou para trabalhar por Dilma no estado ao mesmo tempo em que atua na campanha de Taques, adversário de Lúdio na corrida eleitoral.

"Em Mato Grosso isso está muito bem combinado. Todos os candidatos a presidência
da República que entenderem que podem somar com esse projeto tem o palanque aberto. Está combinado com a Dilma. Nosso estado depende do governo, é um estado novo, então aqui, de A até Z precisa estar com o governo e é por isso que eu e o nosso vice, Carlos Fávaro, estamos com a presidente Dilma", ressaltou o empresário.

Principal nome da atualidade do agronegócio mato-grossense, Erai, no fundo, sabe que Dilma e o PT Nacional contam com o apoio dele para garantir a entrada do setor na campanha da presidenciável, especialmente no aporte de recursos financeiros. Por esse fator, dificilmente Dilma ou qualquer membro do alto escalão da sua campanha vão isolá-lo em Mato Grosso.

Mas é fato que sua composição com Taques incomoda o Planalto, que viu nos últimos 3 anos o senador pedetista ser um dos principais carrascos da presidente no Congresso, pressionando o PDT, por mais de uma vez, a deixar a base governista e o governo Dilma.