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Sábado, 11 de maio de 2024

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Wellington rechaça rótulo de candidato do agronegócio para ser “pai” da Frente Parlamentar dos Trabalhadores

Foto: Danilo Bezerra/Olhar Direto

Fagundes escuta reivindicações de sindicalista

Fagundes escuta reivindicações de sindicalista

É comum a segunda suplência de um candidato ao Senado ser considerada “prêmio de consolação” durante a acomodação dos apoiadores do titular da disputa. Contudo, a presença do professor Manoel da Motta (PC do B) na chapa de Wellington Fagundes (PR) começa a ganhar protagonismo. Com uma história de militância entre sindicalistas, ele atraiu o apoio dos líderes de duas centrais sindicais, quatro federações e mais de 80 sindicatos ao candidato republicano, que possuem uma abrangência de cerca de 150 mil trabalhadores.


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Perante o apoio dos sindicalistas, Wellington rechaçou o rótulo de candidato do agronegócio, o qual empurrou aos seus principais concorrentes Rui Prado (PSD) e Rogério Salles (PSDB), e se comprometeu a articular a criação da Frente Parlamentar do Trabalho, da qual o professor Manoel Motta, como funcionário do seu gabinete, seria coordenador Executivo.

“Nunca me intitulei o candidato do agronegócio. Tem outros dois candidatos que se intitulam, mas eu não. Sou médico veterinário, não sou plantador de soja. (...) Não sou parlamentar especialista, sou generalista. (...) Se vocês forem para a rua e falarem que essa chapa é a única com espaço para o trabalhador, então eu poderei me tornar um representante de algo que eu sempre fui, do trabalhador”, discursou, na tarde de terça-feira (27).

Apesar de Wellington Fagundes intitular um generalista, boa parte de sua carreira política foi calcada no setor do agronegócio. Médico veterinário, dono de uma loja de produtos agropecuários e ex-membro da Comissão de Agricultura na Câmara dos Deputados, o republicano possui trabalhos voltados à logística ao longo dos seus seis mandatos de deputado federal.

O republicano explicou, ao Olhar Direto, que é também representante do agronegócio, mas não é candidato exclusivo dos ruralistas. “Eu já passei por várias comissões, já atuei em diversos setores. Eu represento, também, o agronegócio, mas não só eles. Agora, pretendo propor a criação de uma frente parlamentar mista, de senadores e deputados, para contemplar os trabalhadores. Então o Manoel seria o executivo. Eles precisam estar organizados no Congresso para ganhar força”, disse.

Nenhum centavo, muito trabalho

Motta, responsável pela aproximação dos sindicalistas com Wellington, dá dicas ao republicano

Se Wellington mostrou a capacidade de se adaptar a uma nova base eleitoral, com a apresentação da proposta da criação da Frente Parlamentar do Trabalhador sem nem mesmo a ideia ter partido dos novos apoiadores, os líderes sindicalistas fizeram questão de mostrar terem um perfil muito diferente dos outros grupos.

“Aqui, não vamos pedir e nem dar um só centavo. Mas vamos cobrar muito e também sabemos reconhecer o trabalho”, disse um dos sindicalistas, em um brado seguido de aplausos de todos que ocupavam o auditório da sede do Instituto dos Rodoviários de Mato Grosso.

Antes disso, Divino Braga, presidente da Nova Central Sindical de Mato Grosso, e Ronei de Lima, da Federação dos Trabalhadores das Indústrias de Mato Grosso, já haviam deixado claro que a aproximação com Wellington se deu graças ao professor Motta, pois normalmente o agronegócio é colocado como centro de tudo e os sindicalistas são relegados.

“Chegamos até ele através do professor Motta. Normalmente, eles esquecem que quem elege o candidato é o trabalhador. Nós somos a maioria. Estamos aqui com a pauta positiva do trabalhador e vamos cobrar o compromisso dele (Wellington) com essas propostas. Temos muitos assuntos de interesse do trabalhador no Senado e não podemos admitir ficar de fora desse diálogo”, afirmou Ronei

Durante o evento, vários sindicalistas lembraram do senador Paulo Paim (PT-RS), como o único defensor dos trabalhadores no Senado. Eles também usaram a admiração de todos eles pelo petista do outro estado como uma amostra da lealdade desse eleitorado que, caso Wellington seja eleito, poderá ser depositada no republicano de Mato Grosso.
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