O candidato ao governo do Estado pela coligação ‘Viva Mato Grosso’, deputado José Geraldo Riva (PSD), afirmou que as prisões dele, dona Janete Riva, sua esposa, e o ex-vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD), seu genro, ocorreram por perseguição da Justiça e do Ministério Público. Ele afiançou, em entrevista ao Bom Dia Mato Grosso, da TV Centro América, afiliada à Rede Globo, na manhã desta sexta-feira (05/09), que é candidato ‘ficha limpa’, embora tenha quatro condenações por improbidade administrativa, na Câmara do Direito Público do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

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Durante 12 minutos, Riva foi fustigado sobre seu histórico, em responder diversas ações judiciais, por perguntas diretas apresentadora Luzimar Collares, titular do Bom Dia.

“Antes de mais nada, preciso dizer que nós não estamos condenados. Nós fomos julgados pela Câmara de Direito Público. E não tivemos sequer condições de apresentar provas e esse é exatamente o recurso que nós temos”, ponderou Riva, sendo imediatamente lembrado por Luzimar Collares que a informação foi passada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

“Nós ficamos impedidos sequer de apresentar provas e nosso recurso é exatamente nesse sentido. Nós queremos mostrar provas e mostrar que não houve dolo, que não houve desvio de dinheiro, que não houve prejuízo ao erário”, afiançou o presidente licenciado da Assembleia Legislativa. “Até porque a Assembleia não funcionaria: os recursos não mudaram, foram sempre os mesmos. Acontece que o questionamento é relação às empresas e não em relação a desvio de dinheiro em si. Tenho certeza que no STJ, no nosso recurso, nós vamos provar que não devemos”, assegurou o candidato do PSD.

José Riva enxergou perseguição em sua prisão, na Operação Ararath, neste ano; e de Janete Riva, em 2010, na Operação Jurupari. Sobre João Emanuel, preso na Operação Aprendiz, no início deste ano, citou que o genro é quem deve responder. Ele crê que sua família passa boa imagem para o eleitorado.

“Com certeza uma imagem de pessoas de bem. Fomos perseguidos. A minha mulher até hoje não sabe porque foi presa. Em relação ao meu genro é um problema dele e ele tem que se explicar. Em relação a mim, por exemplo, o próprio ministro já me defendeu e disse que foi induzido a erro”, observou ele.

“Agora, você ter gente da Justiça que concorre a mandato com força na Justiça, inclusive na Procuradoria, é um risco que você corre. Infelizmente, nós fomos presos e o ministro do STF ao me soltar disse o seguinte: fui induzido a erro”, ponderou Riva, sobre a decisão do ministro Dias Tóffoli, do STF.

“Eu perguntaria ao cidadão de bem que está nos assistindo nesse momento, que imagem que ele passa a ter da Justiça e de alguns representantes do Ministério Público, inclusive”, avaliou Riva, insinuando que todo ‘circo’ teria sido montado para beneficiar o candidato da coligação ‘Coragem e Atitude Para Mudar’, senador José Pedro Taques (PDT), seu principal adversário, no pleito.

Pesquisa Ibope

Quanto ao alto índice de rejeição – 37% – na pesquisa Ibope, divulgada pela TV Centro América (Canal 4), na noite desta quinta-feira (04), José Riva entende que são eleitores do candidato Pedro Taques. “E essa pesquisa não representa a verdade que está das ruas. São 812 pessoas em 39 municípios. Eu tive o cuidado de verificar os 39 municípios. Quem conhece a minha base eleitoral e sabe de como estou na base eleitoral, sabe que essa pesquisa ela não representa a realidade de Mato Grosso como um todo”, cutucou ele.

Mesmo assim, José Riva afirma que acredita em pesquisa séria. “Vai à região noroeste, por exemplo, faz uma pesquisa de como estou lá. Vai ao Araguaia e você vai ver como estou lá. É natural que se você pesquisar Cuiabá... Em Cuiabá, o quadro nosso é que estou acima dessa intenção de voto apresentada no topo do Estado”, reconheceu ele.

“Em Várzea Grande, nós crescemos muito. Tenho certeza que esse não é o quadro e que nós vamos vencer essa eleição, que nós vamos crescer muito. A minha campanha mal começou. Ela ainda não está de todo na rua em função da condição de registro. E essa questão de rejeição ela é muito relativa. Primeiro, depende da forma como pergunta para o eleitor”, avaliou Riva, em tom provocativo.

“Eu tenho absoluta certeza que esse quadro é plenamente reversível com a minha campanha na rua”, emendou ele.

Desenvolvimento regional

Sobre a descentralização administrativa, com a criação da Secretaria de Desenvolvimento Regional, baseada em Sinop, Rondonópolis, Cáceres e Barra do Garças, ele assegura que não serão majorados os gastos com a máquina pública.

“É bom que se diga. Nós queremos reduzir o custo da atividade meio, da atividade administrativa. Aquele que você consome o recurso e ele não chega lá na ponta. Essas secretarias de desenvolvimento regionais vão estar lá para desenvolver políticas públicas de desenvolvimento regional para o cidadão estar mais próximo do governo”, ensinou ele. “Em Sinop, em Cáceres, em Rondonópolis e em Barra nós vamos ter serviços públicos para que muitas pessoas que procuram o estado não precisarão vir a Cuiabá”, completou Riva.