Única mulher na disputa pelo governo do Estado, a candidata da coligação 'Viva Mato Grosso', Janete Riva (PDS), escolheu a maternidade - aliada à sensibilidade feminina - como seu mote de campanha. "Mato Grosso precisa de mãe. É muito importate que sejamos campeões em produção e em produtividade. Mas é essencial cuidar de gente. E eu desejo cuidar das pessoas", anunciou Janete, pouco depois de ser anunciada como substituta do marido, deputado José Riva (PSD), presidente da Assembleia Legislativa, que teve a cadidura indeferida pela Justiça Eleitoral.
Faltando três semanas para as eleições, a candidata do PSD sabe que está em desvantagem monutemental perante os principais concorrentes, em especial da coligação 'Coragem e Atitude para Mudar', senador José Pedro Taques (PDT), e 'Amor à Nossa Gente', ex-vereador Ludio Cabral (PT). Por mais que se esforce, é improvável que ela consiga percorrer os 141 municípios mato-grossenses.
O discurso foi colocado na baila pelo pastor Edilson Senna, presidente da Executiva Regional do Partido Trabalhista Cristão (PTC), que compõe a Frentinha da coligação 'Viva Mato Grosso', liderada por PSD e Solidariedade. "É certo que, neste momento, Mato Grosso necessita de cuidados de mãe. Dona Janete é mulher e mãe, portanto habilitada para vencer este desafio", afiançou pastor Senna.
Janete recorreu ao seu papel de mãe para explicar o que pretende fazer. "Eu sou mãe e sei cuidar das pessoas. Tenho extremo cuidado com gente", defendeu ela, ao citar que a arte e a cultura são formas imprescindíveis para combater a ignorância. A candidata do PSD observou que é necessário "investir na formação das crianças dentro das famílias".
"As pessoas não se preocupam mais com a formação familiar. É necessário uma formação cultural que envolva filosofia, psicologia, noções básicas", observou ela. "Mas não basta só ir ao colégio. Creio que a arte pode auxiliar e resultar em famílias mais harmônicas. E a cultura é tão fundamental para tudo isso para combater a ignorância", destacou Janete, que em 2013 foi secretária de Estado de Cultura, no governo Silval Barbosa, indicada pelo marido, com aval do PSD.
Janete Riva admitiu que o tempo é curto para apresentar tudo o que pretende, todavia, avaliou que pode dar "um novo colorido" na reta de chegada da campanha eleitoral, justamente por ser a primeira mulher da história a dipsutar o governo de Mato Grosso com chances reais de vitória - as outras foram a professora Sinhorinha Alves (PTB), em 1982; e a então senadora Serys Slhessarenko (PT), em 2006.
Por conta do formato de sua campanha, Janete Riva acredita que pode ser a primeira mulher a se eleger governadora do Estado. "Penso em fazer uma campanha limpa e de propostas. Se Deus permitir, desejo chegar ao segundo turno e vencer", emendou Janete.
A primeira mulher a assumir o governo de Mato Grosso foi Iraci França Auad, esposa do ex-prefeito Roberto França Auad, quando o atual senador Blairo Maggi (PR) era governador. Iraci foi eleita vice de Maggi, em 2002, quando seu nome foi considerado fundamental na composição do PPS para a vitória, no pleito.
