O candidato a prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB) acusou o adversário Emanuel Pinheiro (PMDB) de responder a processo de improbidade na Operação Arca de Noé, ao lado do ex-deputado estadual José Riva e do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro – ambos presos. A assessoria de Pinheiro negou e afirmou que ainda não houve recebimento da denúncia, portanto, ele não é réu na ação.
Durante o debate da TV Record (Grupo Gazeta) na noite deste domingo (25), o tucano citou um cheque de R$ 45 mil de Pinheiro que consta no processo de 2008 e foi trocado na factoring Confiança, de Arcanjo. Wilson citou o número do processo e afirmou que o candidato do PMDB responde ao lado de José Riva e João Arcanjo.
Leia mais:
Com segundo turno indefinido, candidatos "atiram" para todos os lados em debate; veja
Na ação de improbidade administrativa, que tramita na Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular, atualmente sob responsabilidade do juiz Luís Aparecido Bertolucci Junior, o Ministério Público Estadual (MPE) processou, além de Emanuel Pinheiro, José Geraldo Riva, Humberto Melo Bosaipo, Nivaldo de Araujo, Geraldo Lauro, José Quirino Pereira, Joel Quirino Pereira, José Carlos Freitas Martins, Benedito Pinto da Silva e Ernandy Maurício Baracat Arruda, o “Nico” Baracat, falecido em 2012. Segundo consta no processo, o cheque de Emanuel foi emitido na data de 4 de outubro de 2002.
Ao ser acusado, durante o debate, Emanuel se defendeu e afirmou que apenas foi chamado como testemunha no processo. “Sou ficha limpa. Não respondo a nenhum processo de improbidade administrativa e nunca lesei os cofres públicos”, afirmou. Ele rebateu a acusação afirmando que Wilson responde a cinco processos de improbidade administrativa, enquanto ele não responde nenhum.
Em nota, a assessoria de Emanuel Pinheiro esclareceu que o peemedebista não é réu na ação, porque o juiz ainda não decidiu se aceita ou não a denúncia. No andamento do processo é possível verificar diversos pedidos de exceção de suspeição contra os magistrados que julgavam a ação, e o processo teve a tramitação suspensa várias vezes.
“Fui notificado de uma acusação, no ano de 2005, por um cheque de minha propriedade que foi trocado em uma factoring de Cuiabá. Fiz a minha defesa da acusação e até o momento, passado 11 anos, o Judiciário não decidiu se irá receber ou não a denúncia, ou seja, não respondo a nenhum processo por atos de improbidade administrativa”, diz trecho da nota do candidato. Ele ainda rebate citando as ações de improbidade que Wilson responde, e fornece os números do processo.
Confira a nota de Emanuel Pinheiro na íntegra:
O candidato Emanuel Pinheiro vem a público esclarecer que:
1. Não respondo a nenhuma ação por atos de improbidade administrativa, ao contrário do afirmado pelo candidato do PSDB Wilson Santos, que tenta ludibriar a opinião pública;
2. Fui notificado de uma acusação, no ano de 2005, por um cheque de minha propriedade que foi trocado em uma factoring de Cuiabá. Fiz a minha defesa da acusação e até o momento, passado 11 anos, o Judiciário não decidiu se irá receber ou não a denúncia, ou seja, NÃO RESPONDO a nenhum processo por atos de improbidade administrativa;
3. Além disso, o processo está suspenso por determinação judicial, por recursos que foram propostos por outros notificados.
4. Ao contrário de mim, o meu adversário Wilson Santos é réu em seis ações por atos de improbidade administrativa, sendo que em uma delas já foi condenado a perda dos direitos políticos e o processo está em fase recursal no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. As ações podem ser conferidas na Justiça Estadual com os seguintes códigos 809873, 700289, 457875, 434953, 385201 e a de número 0018209-28.2014.4.01.3600, que tramita na Justiça Federal;
5. Também quero alertar que esta semana serei alvo de inúmeras acusações infundadas por meus adversários que, ao contrário da minha campanha, que só cresce a cada dia, eles despencam nas pesquisas de intenção de votos. Vou continuar firme no meu propósito de construir com a sociedade uma Cuiabá melhor rumo aos 300 anos. 
