Olhar Direto

Sexta-feira, 17 de maio de 2024

Notícias | Política MT

eleição em Cuiabá

Valor Econômico apresenta Procurador Mauro como de “direita” e pró-impeachment

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Valor Econômico apresenta Procurador Mauro como de “direita” e pró-impeachment
O cenário da eleição para prefeito de Cuiabá foi apresentado nesta segunda-feira (26) aos leitores do jornal Valo Econômico como uma disputa liderada por um candidato do Psol de “direita”, pró-impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e "renegado" pela cúpula nacional do partido.


Leia também:
Veja cita caso das esmeraldas falsas e diz que Emanuel Pinheiro é acusado de dar golpe
 
O jornal informa que Mauro aparece à frente na pesquisa Ibope e destaca o vídeo em que o socialista se defendeu do pastor Silas Malafaia e afirmou ser católico praticante, contra a liberação das drogas e a mudança na legislação sobre o aborto.
 
O texto ressalta ainda que Mauro é criticado por militantes de esquerda por seu posicionamento sobre temas progressistas e alvo também de ataques da direita, que se opõe ao discurso estatizante, a favor de transferir para a prefeitura o transporte coletivo e saneamento básico.

De acordo com Valor Econômico, Procurador Mauro não tem prestígio junto à cúpula nacional do Psol e só recebeu recursos para a campanha do diretório regional. 
 
“Mãozinha no segundo turno”
 
A reportagem do Valor ainda destaca a possibilidade de Mauro receber, ainda que informalmente, o apoio no segundo turno do terceiro colocado na disputa. Isso porque ele não faz parte do grupo de Silval Barbosa ou de Pedro Taques (PSDB), que disputam a Prefeitura de Cuiabá com Emanuel Pinheiro (PMDB) e Wilson Santos (PSDB), respectivamente. Os grupos devem voltar a se enfrentar em 2018, pelo comando do Palácio Paiaguás e é improvável que se apóiem nesta eleição.   
 
Veja abaixo a íntegra da reportagem:
 
Candidato do Psol pró-impeachment e  ‘de direita’ lidera eleição em Cuiabá
 
Pouco prestigiado pela cúpula do PSOL, sigla que se orgulha de ser “oposição à esquerda do PT”, o candidato do partido à Prefeitura de Cuiabá foi à TV esta semana rebater críticas do pastor Silas Malafaia, gravadas para o programa dos vereadores do PSC, que o acusavam de ser a favor do aborto, da legalização das drogas, da troca de sexo e da “erotização de crianças na escola”.
 
“Não é verdade o que eles estão dizendo [...] Sou católico praticante. Sou cristão”, rebate o procurador Mauro de Barros (PSOL), rejeitando algumas das principais bandeiras do partido. “Nossa vitória significa o fim dos privilégios e das negociatas que eles sempre tiveram, por isso esses ataques”, continua, com o discurso de renovação na política que atraiu parte do eleitorado.
 
Criticado por militantes de esquerda por ser “de direita” — além do vídeo em resposta a Malafaia, defendeu o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, rejeitado pelo PSOL — e pela direita pela discurso estatizante, a favor de acabar com as empresas e transferir para a prefeitura o transporte coletivo e saneamento básico, Mauro tem surpreendido os adversários: lidera as pesquisas com 30% dos votos, a frente dos candidatos dos principais grupos políticos do Estado.
 
Em seguida, com 27% dos votos, está o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PMDB), do grupo do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) — que está preso há um ano por suspeita de fraudes fiscais — e em terceiro o ex-prefeito Wilson Santos (PSDB), apoiado pelo governador Pedro Taques (PSDB), mas com apenas 20% dos votos.
 
O procurador — que, apesar do que o nome poderia sugerir, não tem ligação com o Ministério Público, mas com a Procuradoria da Fazenda Nacional — aproveita o recall de quem disputou as últimas sete eleições majoritárias e — embora possa soar contraditório com as seguidas candidaturas — o discurso de acabar com “as velhas práticas da política” para despontar como favorito desta vez.
 
Nas contas de adversários, Mauro leva vantagem para o segundo turno por receber o apoio informal do terceiro colocado, mesmo que rejeite alianças com os políticos tradicionais, “só interessados em cargos”. É improvável, dizem políticos locais, que os dois grupos que se enfrentarão pelo governo estadual em dois anos façam aliança agora. Segundo o Ibope, hoje ele já venceria todos os adversários no segundo turno.
 
A liderança nas pesquisas não aumentou o pouco prestígio do candidato junto à cúpula do PSOL. Mato Grosso não tem representantes no diretório nacional do partido e Mauro só recebeu recursos do diretório local. O candidato, contudo, segue à risca uma das diretrizes: só fazer alianças com PSTU e PCO. O problema, diz, é que as duas legendas não existem no Estado — e, portanto, ele conta com um dos menores tempos de TV da campanha.
 
A falta de aliados já provocou problemas na eleição passada, quando foi o sétimo candidato mais votado a deputado federal, mas o partido, sem coligação, não fez votos suficientes para eleger ninguém. Foi, porém, o mais votado da capital naquela disputa, melhor resultado após amargar menos de 5% dos votos nas disputas anteriores para a prefeitura e governo do Estado.
 
O programa de governo também segue linha mais parecida com a do PSOL. Defende substituir as empresas de transporte coletivo por ônibus comprados pela própria prefeitura com financiamento e retomar a companhia de saneamento municipal, privatizada em 2012. O discurso, diz, não é radical, de rompimento de contratos. “As empresas de ônibus já operam sem licitação e há decisão judicial contrária à privatização. Ninguém vai provocar uma revolução socialista como prefeito de Cuiabá”, afirma.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet