O secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Zamar Taques, afirmou que tirou licença de 30 dias para se dedicar à campanha de Wilson Santos (PSDB) à Prefeitura de Cuiabá por ter certeza da ida do tucano ao 2º turno da disputa. O candidato do PSDB aparece em terceiro colocado em todas as pesquisas, tecnicamente empatado, devido às margens de erro, com o segundo colocado – ora o Procurador Mauro (PSOL), ora Emanuel Pinheiro (PMDB), que se revezam na liderança dos levantamentos divulgados.

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“Não temos dúvida [que o Wilson irá para o segundo turno] e por isso tirei licença de 30 dias. Licença não remunerada, é bom que se diga isso”, comentou, em entrevista à emissora de Rádio Capital FM. “E vou estar junto com ele no segundo turno”, completou o secretário-chefe. Segundo ele, o governador Pedro Taques (PSDB) não sairá de licença, mas intensificará seus esforços fora dos horários de trabalho nos cinco dias antes da votação do primeiro turno.

De acordo com Paulo, antes de tirar a licença ele já trabalhava na campanha de Wilson durante o período noturno dos dias de semana e os finais de semana inteiros. Agora, sem as obrigações para com o Poder Público durante um mês, vai se dedicar em período integral. Os esforços do secretário vão incluir desde reuniões com o comando de campanha a participações em arrastões.

“Participando das reuniões do comando de campanha. É certo que eu atuo em campanhas eleitorais desde 1994, desde eleição do saudoso Dante de Oliveira, e de lá para cá atuei em praticamente todas eleições majoritárias do nosso Estado de Governador e várias de prefeito. E essa experiência estará à disposição da candidatura de Wilson. Quero percorrer os bairros de Cuiabá com ele”, afirmou Paulo, durante a entrevista.

Com mais de duas décadas de experiência em eleições, muitas delas como coordenador jurídico de campanhas, como a do próprio Pedro Taques, de quem hoje é homem forte no Governo, Paulo Zamar Taques deverá servir para colar ainda mais a imagem da gestão estadual em Wilson Santos. Um dos principais discursos dele é do fator “grupo”, no qual ele pede ao eleitor comparar os aliados dos candidatos. “Ninguém governa sozinho”, disse, também durante a entrevista à rádio.

No caso, Emanuel Pinheiro, que lidera nas pesquisas da Gazetas Dados e instituto Mark, o grupo político, segundo as propagandas eleitorais de Wilson Santos, seria composta pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB), preso há mais de um ano sob acusação de corrupção, José Riva, o qual também é acusado por desvio de dinheiro e esteve preso, além de outras figuras políticas com problemas judiciais.

Já no caso do Procurador Mauro, que lidera nos levantamentos do Ibope e Access, a crítica se aplica à falta de grupo e afinidade política. Isso porque o candidato não se coliga e o governador Pedro Taques o considera um “aventureiro” com "propostas utópicas".