O secretário-chefe licenciado da Casa Civil, Paulo Taques, avaliou que a reta final da campanha para prefeito de Cuiabá irá consolidar o candidato Wilson Santos (PSDB) no segundo turno. Em entrevista concedida em visita à sede do portal Olhar Direto, Taques declarou que o eleitor já não vê mais a candidatura do tucano ao governo em 2010 como um “abandono” à Prefeitura de Cuiabá, mas como uma empreitada enfrentada para tentar evitar que Silval Barbosa (PMDB) chegasse ao Palácio Paiaguás.

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“Hoje falar da história, no futuro, é fácil. Então, se nós soubéssemos o que ia acontecer na frente, tenho certeza que o eleitor em 2010 votaria em Wilson Santos para ser governador”, afirmou Paulo Taques, que se afastou da função pública para se dedicar exclusivamente à campanha tucana em Cuiabá.
 
Ele explicou que quando Wilson foi escolhido candidato, no dia da convenção, o grupo político tinha dimensão do desgaste do candidato. Por isso, de cara, Santos propôs um debate com eleitorado sobre o que aconteceu em 2010. “Quando começamos a candidatura nós já sabíamos o que iríamos enfrentar, tanto que já começamos a campanha com Wilson explicando o porquê de ter saído da prefeitura no meio do segundo mandato para ser candidato a governador”.
 
Taques ressalta que o comparativo com o governo foi crucial para o eleitor entender que Wilson não necessariamente errou em 2010. Depois disso, a campanha começou a trabalhar junto ao eleitor o trabalho já desenvolvido pelo tucano em gestões passadas.
 
“Todo mundo se lembrava que Wilson Santos saiu para ser candidato a governador, mas não se lembrava que Wilson fez a Avenida das Torres, que Wilson fez a ETA Tijucal, entre outras coisas. Quando nós começamos a mostrar isso, o eleitor começou a ficar atento, a se lembrar o que Wilson fez e, comparando com o governo passado com o fato de Wilson ter saído da Prefeitura para ser candidato, o eleitor passou a ver isso não como abandonar a prefeitura, mas como um desfio maior para ajudar Cuiabá, até porque ele era um prefeito que não teve ajuda do governador na época”.
 
Taques avalia com esse trabalho bem realizado ao longo da campanha, Wilson deve chegar consolidado no segundo turno, atraindo votos dos indecisos, que devem se definir até domingo.
 
“Agora na reta final, como ocorre em qualquer pleito eleitoral, os dias que antecedem uma eleição, começa a ganhar corpo no campo de futebol, na mesa de bar, no almoço de família, o eleitor começa a conversar um com o outro e começa a definir o voto. E ai começa a avaliar os candidatos. Neste processo de avaliação, nós temos absoluta convicção, que o eleitor vai fazer avaliação e os indecisos vão se definir em boa parte para votar no Wilson Santos”.