O jornalista Kleber Lima, marqueteiro do candidato Wilson Santos (PSDB), avaliou que a campanha está conseguindo reverter a má impressão que a população tinha do tucano por ele ter deixado o Alencastro em 2010 para disputar o Governo do Estado. De acordo com Lima, os cuiabanos avaliavam bem a gestão de Wilson e ficaram descontentes por ele não ter continuado a administração. Ele segue o raciocínio dizendo o mesmo pode acontecer com Mauro Mendes (PSB), que abriu mão de disputar a reeleição, mas garante que uma boa gestão de Wilson não deixará o atual prefeito em “maus lençóis.

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“O conjunto das ações que Wilson fez quando prefeito de Cuiabá são muito significantes e estavam esquecidos porque a memória das pessoas só estava na saída dele da prefeitura. A gente entendeu isso durante a campanha, que as pessoas tinham uma bronca de ele ter saído porque ele estava fazendo uma boa administração. É algo, inclusive, para o prefeito Mauro Mendes levar em conta, que como ele também estava fazendo uma boa administração e também renunciou ao não disputar a eleição, ele pode ser cobrado no futuro por isso. A sorte dele é que quem vai sucede-lo é o Wilson e Wilson vai fazer um governo tão bom ou melhor que o Mauro para não deixar ele em maus lençóis”, declarou Lima, que foi secretário de governo e comunicação da atual gestão da Prefeitura.
 
Kleber Lima afirmou que trabalhou desde o primeiro dia da campanha com a verdade e que essa deve ser a tônica da coligação “Dante de Oliveira” até o fim da disputa, inclusive em um eventual segundo turno. Para ele, quem entra na vida pública não pode guardar segredos e a população tem o direito de conhecer o a passado e as alianças de quem pretende governar a cidade. “A verdade é o melhor argumento que Wilson tem a favor dele, porque é o único que tem serviço prestado, é o único que já exerceu cargo de gestor em Cuiabá e é muito serviço prestado”.
 
“A verdade é a linha da estratégia do Wilson no primeiro e no segundo turno, porque a verdade precisa ser dita. As pessoas quando entram na vida pública, elas perdem direito a alguns segredos. Não dá para você manter segredo querendo governar uma cidade onde vivem mais de 600 mil pessoas. As pessoas precisa saber onde você nasceu, o que você fez antes de entrar na política, com quem você é casado, quem é a sua família, se você responde a processos, de que natureza são, se você já foi condenado, quem são as pessoas que estão com você, porque são elas que vão te ajudar a governar, ninguém governa sozinho. Se você tem pessoas junto com você para governar, porque alguns candidatos nem tem pessoas nem na campanha, muito menos no governo”, defendeu.
 
Tom do debate
 
Kleber acredita que o debate no segundo turno deve ser mais propositivo, mas que Wilson não teme que os adversários aumentem as críticas. “.O tom dos discursos depende do tom dos adversários também, né? Quem está com a verdade ao seu lado não teme nenhum nível de debate. É óbvio que o debate propositivo ele é mais interessante. Eu imagino um segundo turno mais propositivo. A cidade quer saber agora, uma vez que ela usou o primeiro turno para conhecer melhor os candidatos, é o que cada um propõe de fato para a cidade”.