Após sucessivas trocas de acusações, os candidatos à prefeitura de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB) e Emanuel Pinheiro (PMDB) optaram por programas propositivos neste sábado (15). A tática de "paz e amor", aplicada por ambas as equipes de propaganda, é resultado de uma sequência de suspensões judiciais, após ofensas à honra do adversário. Ao que tudo indica, a agressividade de ambas as campanhas desgastaram suas imagens e causaram antipatia no eleitor, forçando a mudança.
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O primeiro programa veiculado, o do tucano Wilson Santos, optou por apresentar casos reais de cuiabanos que vivem com menos de um salário mínimo ao mês, através de um diálogo feito entre o candidato e uma eleitora. Em cima deste tema apresentou suas propostas para estabelecer uma renda mínima à população, garantir segurança alimentar, para combate à fome, e oferecer cursos de capacitação profissional.
Emanuel Pinheiro iniciou seu programa apresentando
a mais recente pesquisa do Ibope, que o coloca 22 pontos à frente de Wilson. O peemedebista optou pelo tema segurança e apresentou sua proposta de jornada voluntária na polícia. Ainda, veiculou mensagem de apoio do senador Wellington Fagundes e vinculou sua campanha ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi e o atual presidente e colega de partido, Michel Temer.
Mudança:
A visível mudança de postura de ambos os candidatos é resultado de uma semana marcada por ações na justiça eleitoral. A “troca de tapas” na disputa pela prefeitura de Cuiabá tem gerado antipatia no eleitor e grandes vácuos na programação, com espaços suspensos pela justiça.
Fora do Ar:
Wilson Santos teve seu programa suspenso pela justiça eleitoral, por decisão do juiz eleitoral Paulo de Toledo Ribeiro Júnior, após supostamente atacar a honra de Emanuel Pinheiro por conta de sua aposentadoria. A suspensão valeria para sexta-feira (14), se o desembargador Luiz Ferreira da Silva não tivesse anulado a decisão de Ribeiro Junior, apontando que seu colega “extrapolou” na aplicação da pena.
Emanuel Pinheiro, por sua vez, ficou fora do ar na última sexta-feira (14), por decisão do juiz eleitoral João Alberto Menna Barreto Duarte, após veicular em seu programa trecho de mensagem do deputado Zeca Viana em que ele diz que a coligação de Wilson Santos representa “o caloteiro”. A mensagem não especifica o alvo da crítica, se o candidato ou seu aliado, o governador Pedro Taques. De todo modo, o recurso foi deferido.
O peemedebista ainda estaria fora do ar neste sábado (15) se a juíza eleitoral Maria Rosi de Meira Borba tivesse acatado novo recurso de Wilson. Neste, apontava para a suposta “edição de vídeo” feita com trechos de críticas do ex-prefeito e apresentador de TV, Roberto França, referindo-se a saúde municipal cuiabana sob a gestão de Wilson como “caso de polícia”.
