O candidato a prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB) afirmou que quer saber se seu adversário na disputa eleitoral, Emanuel Pinheiro (PMDB), recebeu ou não parte de R$ 4 milhões supostamente pagos em propina pela empresa Caramuru Alimentos, por conta de um esquema na política de incentivos fiscais.
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“Eu quero que o Ministério Público e a Delegacia Fazendária, que os órgãos de controle externo, esclareçam à sociedade se o Emanuel realmente recebeu propina, se ele é sócio, se ele é laranja do irmão, da cunhada. Qual é o nível de envolvimento dele nisso?”, questionou Wilson, logo após o debate realizado na
TV Record, na noite de domingo (23), onde fez a denúncia.
De acordo com Wilson, esse esquema teria sido articulado por Alan Zanatta, ex-secretário de Estado do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que está preso sob acusação de cobrar propina para empresas com contratos de prestação de serviço com o Estado e de empresas beneficiárias de incentivos fiscais.
Wilson afirma que parte desse dinheiro foi depositado na conta de Barbara Pinheiro, esposa de Marco Polo Pinheiro, irmão de Emanuel Pinheiro. O recurso teria sido utilizado para a construção de uma cozinha industrial em Várzea Grande, para atender o grupo Aurora.
A própria Barbara e Marco Polo, mais conhecido como Popó, teriam confessado participação no esquema para Wilson Santos. Há cerca de um mês, eles teriam procurado o candidato tucano na casa dele, após receberem informações de que ele tinha um áudio e um vídeo sobre o caso. Como é próximo de Wilson, Popó teria o procurado para pedir a não utilizar o caso no programa eleitoral.
Questionado se tem informações de que Emanuel teria recebido parte dessa propina, Wilson explicou que o recurso ficou no grupo. Segundo ele, essa é uma das informações a serem esclarecidas pelas autoridades policiais. Nessa segunda-feira (24) ele vai apresentar documentos à Delegacia Fazendária e vai dar uma coletiva de imprensa para detalhar o caso.
