O governador Pedro Taques (PSDB) voltou a cobrar investigação da denúncia feira por Wilson Santos (PSDB) contra Bárbara Pinheiro, cunhada de Emanuel Pinheiro (PMDB), que teria recebido propina de R$ 4 milhões da empresa Caramuru Alimentos para fazer lobby para a empresa conseguir incentivos fiscais no governo Silval Barbosa (PMDB).

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“O fato é grave e precisa ser investigado, mas o governador não manda na polícia, quem manda na polícia é o secretário de segurança pública, tem que ser investigado porque roubaram Mato Grosso nos incentivos fiscais, roubaram Mato Grosso e esse é um dos casos”, comentou nesta terça-feira (25) o governador.
 
A denúncia foi feita pelo candidato a prefeito Wilson Santos, que trouxe a público um áudio de Barbara Pinheiro e seu marido, Marco Polo Pinheiro, irmão de Emanuel, feito sem que ambos soubessem que estavam sendo gravados, em uma conversa na casa do próprio tucano. Na ocasião, o casal estava pedindo ajuda para Wilson, pois foram avisados que a candidatura do PSDB em Cuiabá teria produzido um vídeo sobre o caso e iria usar no programa eleitoral.
 
Segundo Wilson, Bárbara Pinheiro afirmou ter feito lobby para a empresa Caramuru Alimentos receber incentivos fiscais em 2014, mediante pagamento de R$ 4 milhões. Seu papel seria agilizar o andamento do processo de incentivos da empresa no Conselho de Desenvolvimento Empresarial (Cedem). Wilson também afirma que Bárbara teria procurado o Ministério Público e um promotor identificado como Sérgio teria dito que ela voltasse depois das eleições.
 
O Ministério Público Estadual (MPE) se manifestou por meio de nota. “Existem apenas dois Promotores de Justiça com esse nome lotados na Capital. São eles: o coordenador do Núcleo de Ações de Competência Originária (NACO), Promotor de Justiça Antônio Sérgio Cordeiro Piedade, e o promotor de Justiça Sérgio Silva Costa, do Núcleo de Promotorias de Justiça de Defesa da Administração Pública e da Ordem Tributária. Ambos negam veementemente que tenham recebido Bárbara Pinheiro para atendimento ou recebimento de denúncia ou qualquer documento”, afirmou a instituição. 
 
Sobre a questão envolvendo o Ministério Público, especificamente, Pedro Taques afirmou que conhece os dois promotores que tem o nome citado por Bárbara. “Os dois promotores que recebem o nome de Sergio aqui de Cuiabá eu os conheço, são pessoas sérias e decentes, eu os conheço”, afirmou. Antes disso, Taques garantiu que o vê o processo eleitoral com tranquilidade e acredita que o eleitor fará a escolha certa.