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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Projetos de Emanuel e Wilson diferem em pontos cruciais; compare

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Projetos de Emanuel e Wilson diferem em pontos cruciais;  compare
Os candidatos a prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB) e Emanuel Pinheiro (PMDB) têm propostas para governar Cuiabá que se assemelham em alguns pontos, mas que diferem muito em outras áreas. Olhar Direto ouviu os dois deputados estaduais que brigam neste segundo turno pelo comando do Palácio Alencastro e separou temas cruciais para os próximos quatro anos da cidade.

 
Veja abaixo o projeto de cada candidato para Cuiabá e compare:
 
Saúde
 
Emanuel Pinheiro: “É o nosso foco, vamos começar pela atenção básica, que é nossa prioridade, e elevar de 70 para 120 ao longo do nosso mandato o número de equipes do Programa de Saúde da Família, humanizando todo esse eixo. O foco que damos para isso é a melhorar a estruturação dessas equipes para que possamos saltar dos R$ 25 mil que a União manda por equipe para R$ 50mil, R$ 60 mil, praticamente dobrando ou triplicando a cota parte do governo federal para estruturar e melhorar a saúde da família na capital”.
 
“Emanuel Pinheiro prefeito de Cuiabá nenhuma policlínica será fechada. Pelo contrário, as policlínicas atenderão com centro de especialidade médica e com centro de diagnóstico e imagens, inclusive com exames laboratoriais também. Na minha gestão o cidadão não experimentará a violência, o desrespeito de esperar por 7,8 meses por exame de raio-x ou exame de ultrassonografia. Isso representa um desrespeito e uma violência contra o cidadão, o que pode levar a agravar a sua doença ou até levá-lo à morte. Então não existe violência maior do que a violência contra a cidadania, contra a dignidade da pessoa humano e nós não vamos permitir isso”.
 
“Vamos concluir as duas UPAs iniciadas pelo prefeito Mauro Mendes, vamos dar continuidade e colocar em funcionamento. A UPA do Jardim Lebon e a UPA Verdão e também vamos concluir e colocar em funcionamento o novo pronto-socorro de Cuiabá. O atual pronto-socorro, que é um grande hospital com 271 leitos, parte dele, depois que eu entregar o novo pronto-socorro municipal, parte dele será implantado o novo hospital público e materno infantil da capital, virando essa página de vergonha nacional onde a nossa capital é a única do país que não tem um hospital público materno infantil. Nós vamos criar um hospital público materno infantil para cuidar da saúde das mulheres, para cuidar da saúde dos recém nascidos, das nossas crianças. Então esse é o foco maior da saúde pública que será prioridade na nossa gestão”.


Os dois candidatos prometem concluir obra no novo pronto-socorro (projeto acima)

Wilson Santos:“Nós vamos continuar fortalecendo a atenção básica, mas vou lançar um programa fantástico chamado corujão da saúde. O que é o corujão da saúde? Eu vou conveniar o município com os quatro grandes hospitais filantrópicos e beneficentes que trabalham com tabela SUS para usar o expediente noturno e da madrugada que particularmente é ocioso para nós fazermos a redução nas filas de atendimento de exames e cirurgias. Então nós vamos conveniar com o Santa Helena, o Hospital de Câncer, o Hospital HGU e Hospital Santa Casa. Esses quatro hospitais são hospitais tradicionais consolidados que tem seus corpos clínicos aprovados. Então nós vamos aproveitar essa estrutura que já está montada e nos espaços ociosos nós vamos implantar o corujão da saúde.

Além disso nós vamos levar dentista para todos os programas da Saúde da Família, que hoje são 70 e que eu pretendo implantar maios 30. Agora o PSF não basta quantidade, nós precisamos atacar uma coisa grave que é a eficiência. A eficiência dos PSFs de Cuiabá está deixando a desejar. Não só vamos expandir em quantidade como temos que dar qualidade ao atendimento nos PSFs. Resolutividade, não estamos tendo isso. Vamos concluir as obras em andamento, o Novo Hospital e Pronto-Socorro, as duas UPAs e quero ter uma relação com os profissionais da saúde melhor do que aquela que eu tive na minha gestão anterior, quero melhorar essa relação. Vou fazer o PSF itinerante para atender a zona rural, que você só tem PSF na Guia e no Água Sul, no resto não tem, nós vamos fazer o itinerante.
  
Saneamento
 
Emanuel Pinheiro: “Não sei a decisão que o prefeito Mauro Mendes vai tomar com relação à intervenção da CAB, mas ele tem até dia 2 de novembro, mas independente disso, a CAB não fica na minha gestão. Ela descumpriu uma clausula contratual que determinava a partir de maio de 2015 deveria começar o processo de universalização do tratamento de água e esgoto da capital. O de água está bastante avançado. Temos ai de 95 a 97% de tratamento de água chegando até nas residências da nossa capital, agora o tratamento de esgoto envergamos ai a vergonhosa situação de 35% apenas de residências atendidas em Cuiabá com o esgoto tratado. Isso é uma vergonha em pleno século 21, inaceitável, e os responsáveis por isso foram a Operação Pacenas, em 2009, em que fomos obrigados a devolver R$ 300 milhões para a União devido àquela denuncia ocorrida, e agora à CAB, que deveria começar o processo de universalização do saneamento básico em maio de 2015 e não o fez. Pelo contrário, pesa denúncias seríssimas de que esse dinheiro que deveria ser investido em Cuiabá foi investido em outras empresas do grupo em outros estados brasileiros".

"Então não existe a mínima possibilidade política e jurídica de continuar com a CAB, então farei uma nova licitação, tudo depende da decisão do prefeito Mauro Mendes, mas eu digo a minha proposta. Farei uma nova licitação com uma empresa de renome nacional e se possível internacional, uma licitação limpa, aberta, transparente, democrática para que venha para Cuiabá uma empresa do setor de saneamento básico de renome nacional e internacional, com idoneidade comprovada, com serviços comprovados, para que venha para cá e assine um contrato de investimento planejado no saneamento da capital pois precisamos para resolver esse problema de R$ 800 a 900 milhões e Cuiabá não tem esses recursos”.


 
Wilson Santos: “A CAB não fica comigo. O meu primeiro ato como prefeito é nomear o secretariado, o segundo ato e primeiro ato de governo é romper em definitivo com a CAB. Eu tenho duas alternativas. Uma é uma parceria público-público. Eu estive na Sabesp, conversai com o presidente da Sabesp, com a sua diretoria, com a superintendência de novos negócios. Eu estive na Sabesp um dia inteiro em São Paulo e a Sabesp tem interesse dentro da sua política de novos negócios, em conhecer a Sanecap, a realidade de Cuiabá”.
 
“Então um dos caminhos é uma parceria com a Sabesp, que é a maior empresa da América Latina, capitalizada, com credibilidade, experiência, que tem prêmios mundiais de todos os tipos. Então a Sabesp poderá ser uma parceira da Sanecap ou a segunda opção uma nova licitação nacional para trazer um parceiro da iniciativa privada capitalizado e com credibilidade e a Sabesp também tem interesse em participar de uma licitação onde ela entra com um consórcio. Ela também pode participar da licitação, não ela sozinha, mas ela entra como parceira, faz um consórcio”.
 
“Minha preocupação maior é o esgoto, a água está quase universalizada. Nós temos que dar qualidade à água, quem sabe mais à frente tratá-la com flúor. Eu sonho em até 2020 entrar numa parte da cidade com a fluoretação da água”.

Transporte público
 
Emanuel Pinheiro: “Vamos fazer a licitação do sistema, licitação aberta, transparente, nacional e democrática para fazer com que ganhem empresas que renovem a frota. Ônibus novos, com ar-condicionado, 20% a 30% da frota adaptada a pessoas com deficiência e dentro do edital de licitação já exigir a reforma dos abrigos de ônibus para que no pouco tempo de espera dos usuários tenham no mínimo de conforto para esperar o seu ônibus. Vamos integrar o transporte alternativo como complementar ao ônibus convencional para garantir mais opção para os usuários e com isso assegurando menor tempo de espera no abrigo. Tudo isso sem aumentar a tarifa, não temos compromisso com os empresários, o nosso compromisso é com a população e com o conforto e com a qualidade no sistema, porque hoje a população paga muito caro para uma péssima prestação de serviço do transporte coletivo, representando um desrespeito, uma agressão à cidadania e à dignidade da pessoa humana”.
 
“Vamos revolucionar o transporte coletivo em Cuiabá e também vamos sendo eleitos convocar a Câmara Municipal, a sociedade civil organizada, a população em geral para fazer uma cobrança respeitosa, mas legítima, de alto nível para o governador do estado, inclusive nos colocando à disposição, para a retomada das obras do VLT. O VLT é a grande revolução no transporte coletivo de Cuiabá impactando no conforto, no respeito e na melhoria da qualidade de vida dos usuários bem com impactando no desenvolvimento urbano e econômico da capital. Então a verdadeira revolução para o transporte coletivo e para o desenvolvimento urbano de Cuiabá é o VLT, que vai, inclusive, possibilitar repaginar, revitalizar o centro histórico e o centro tradicional da capital. Então essa proposta é uma proposta que temos condições de fazer quando eu digo ajudando é porque entre os dois candidatos que sou o que tenho a melhor e mais forte relação política em Brasília”.
 
“Cuiabá precisa do governo federal até porque sozinho, com nossos recursos próprios não temos condições de fazer os investimentos que Cuiabá precisa para avançar e melhorar a vida das pessoa. Então tenho dois senadores que me apoiam , o ministro Blairo Maggi, que me apoia, quatro deputados federais que me apoiam e o presidente da Republica que é do meu parido. Então quero transformar toda essa excelente relação política em obras, ações, convênios, projetos, emendas, parcerias do governo federal com Cuiabá trazendo recursos para melhorar a vida das pessoas e também para colocar essa articulação política à disposição do governador Pedro Taques para retomar e conclui as obras do VLT, bem como as obras da Copa que faltam retomar e concluir”. 



Wilson Santos: “Vou fazer a licitação nacional, eu mesmo vou entregar esses edital no Brasil inteiro. Quero acabar com essa panelinha. Eu mesmo vou divulgar ao máximo o edital da concorrência para trazer as melhores empresas de transporte público do Brasil para disputar a licitação. Não é só publicar, não. Vou dar divulgação maciça ao edital de licitação para atrair o máximo de concorrentes, certo? Não vou aceitar ônibus aqui velho, meia boca e vou fazer cumprir a idade media aqui de cinco anos e meio. Vou trazer de volta para a Prefeitura o comando do sistema. Quem manda no sistema é a Prefeitura em nome do povo e não a MTU. Quem diz o que tem que ser feito é a prefeitura, não a MTU. A MTU pode opinar, pode sugerir, mas toda a fiscalização eu não abro mão de estar com a Prefeitura. A planilha da tarifa eu não vou abrir não, eu vou arregaçar, transparência total com essa planilha. Não quero um milímetro de dúvida. Não vou deixar subir a tarifa no primeiro ano. Não haverá majoração da tarifa em Cuiabá no primeiro ano. Não haverá reajuste até 31 de dezembro de 2017, então quem vier para a concorrência vem sabendo que o preço é este que está ai e vou estudar a possibilidade de reduzir a tarifa”.
 
Educação

Emanuel Pinheiro:”Vamos promover com o segmento organizado do setor, através dos sindicatos dos profissionais da educação, vamos reativar o projeto de política pedagógica da Educação pública municipal, que o ultimo feito foi na gestão do prefeito Roberto França, em 1999. De lá para cá tentaram, mas não implantaram. Não fizeram esse projeto, nós precisamos discutir com os profissionais da Educação o ensino e a aprendizagem, buscando ai novas linhas para investir e melhorar a educação pública no município. Vamos aproximar, como gestor presente na educação pública municipal, vamos priorizar a educação infantil, vamos construir mais 11 CMEIS com o apoio do governo federal ao longo do nosso mandato, temos 51 creches, vamos reformar, vamos dar mais condições de trabalho, reformar a estrutura física dessas creches que estão bastante debilitada e temos 22 convênios com creches filantrópicas que queremos avançar e ampliar esses convênios para poder aumentar a oferta de vagas”.
 
“Temos um desafio de até no final da nossa gestão, para o ano de 2020. Hoje tem oito mil vagas ofertadas e eu quero chegar até o fim do meu mandato com mais quatro mil vagas ofertadas, vai ser a nossa luta para chegar a 50% da demanda, orientada, estabelecida,  pelo Ministério da Educação. Ou seja, até o fim do meu mandato, em 2020, pelo menos 50% da demanda esteja atendida pelo município, ou seja, seria mais ou menos uma cobertura de 500 a mil vagas por ano. Essa será a nossa demanda anual, abrir de no mínimo 500 e no máximo 1000 vagas por ano nas creches  e nos CMEIS na educação infantil na capital para avançar ao máximo e tentar chegar em 2020 a oferta de 12 mil vagas no sistema”.
 
“Com relação às creches ainda vamos manter a nossa política de humanização na prestação do serviço público. Vamos criar a creche funcionando 12 meses ao ano e vamos criar o programa hora estendida nas creches municipais, esses dois programas em homenagem às mães trabalhadoras e às famílias trabalhadoras. Serão implantadas após uma longa discussão com os servidores públicos municipais, pois implantaremos esse avanço nessa área, mas vamos respeitar os direitos de todos os servidores públicos e principalmente os direitos trabalhistas, ninguém vai trabalhar mais, mas para isso só implantaremos essas ações após uma ampla discussão com o fórum do desenvolvimento infantil e com a comunidade escolar, com os pais dos alunos. Vamos debater de que forma vamos implantar o programa hora estendida, levando as creches e CMEIS para passarem a funcionar até as 19h30 e também a creche funcionando 12 meses ao ano”.
 
“Vamos criar o programa escola aberta, onde as quadras municipais das escolas ficarão abertas nos feriados e finais de semana para criar mais uma opção de lazer para crianças e jovens e para a comunidade como um todo, fazendo das quadras um ponto de integração com o município, ampliando as opções de lazer e segurando os jovens no bairro, na sua comunidade, evitando o seu envolvimento com o descaminho, com a marginalidade, com a violência, também vamos recuperar e devolver os mini estádios ao convício da comunidade, integrando os mini estádios dentro desta política de esporte, lazer e integração comunitária porque o mini estádio é da comunidade, hoje eles estão completamente abandonados e deslocados da convivência comunitária, bem como vamos resgatar o programa do grande ex-prefeito Roberto França, Bom de Bola, Bom de Escola, que é um grande programa esportivo, um grande programa social e um grande programa educacional, que beneficiou três mil crianças na época em que existiu, na faixa de seis a 15 anos de idade. Essas crianças, para entrar no projeto, têm que ter média mínima de 6 em todas as disciplinas, ou seja,fomentava a disciplina, o desejo de estudar, envolvendo inclusive a família. Resgatou muitas famílias, dá a oportunidades para craques de bola que temos ai em centenas de bairros de Cuiabá mas não se projetam porque não têm condições financeiras”.
 
Wilson Santos: “A minha meta é 2020 Cuiabá ser a número um no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) entre as 254 capitais. Quando eu peguei a Prefeitura, Cuiabá era a vigésima e eu deixei em sétima posição. Hoje voltou a cair um pouquinho e eu quero nesses quatro anos fazer um trabalho intenso em parceria com o Sintep, com todos os profissionais da Educação para nós galgarmos a medalha de ouro. Cuiabá receber o melhor Ideb em 2020. É possível? É! Vamos trabalhar nesse caminho com planejamento estratégico, plano municipal de educação, nós vamos levar Cuiabá a esse pódio”.  

Esporte

Emanuel Pinheiro:“Integração total com as federações desportivas da capital, todas sedentas em contribuir. Eu tenho uma relação muito próxima com a federação mato-grossense de futebol de salão, com a federação mato-grossense de jiu-jitsu, federação mato-grossense de automobilismo, de futebol e quero ampliar com todas as demais federações e juntos vamos criar as políticas públicas para o fortalecimento, o fomento e o incentivo do esporte na nossa capital, numa parceria entre prefeitura, setor privado e federações desportivas”.
 
Wilson Santos:“No esporte nós vamos apoiar todas as modalidades do esporte amador. Apoio financeiro, na área da comunicação, ajudando a divulgar os eventos, vamos trazer o “Peladão” de volta, vamos trazer o “Bom de Bola, Bom de Escola” de volta, vamos implantar novas pistas de caminhada, ciclovias, vamos combater de todas as formas o sedentarismo”.
 
Cultura

Emanuel Pinheiro: “Vamos buscar ai a cultura casada como turismo e lazer através da gastronomia, da música, buscado revitalizar o centro histórico, o centro tradicional, fomentado a nossa cultura e o nosso turismo como atrativo para potencializar uma das maiores indústrias do mundo, que é a indústria do turismo. Cuiabá tem uma vocação enorme para isso. Vamos fortalecer o conselho municipal de cultura através dos representantes de cada setor, sejam eles das artes, da musica, da dança, do folclore, da gastronomia, sempre em conjunto e em parceria com a sociedade civil organizada”.


 
Wilson Santos: “Vamos resgatar a autonomia da secretaria, vamos fazer uma secretaria autonomia e independente, certo, exclusiva. Vamos fortalecer o Conselho Municipal mantendo a maioria dos conselheiros oriundos da sociedade e a minoria do poder público”.

Infraestrutrura

Emanuel Pinheiro: “Dar continuidade ao programa Novos Caminhos do prefeito Mauro Mendes e ao longo de quatro anos garantir a meta e pavimentação 300 km de asfalto na nossa capital e com isso praticamente cobrir toda a nossa capital, pavimentar todos os bairros de Cuiabá. Cuiabá hoje tem o equilíbrio fiscal muito grande, com isso o prefeito Mauro Mendes avançou e garantiu com a capacidade de endividamento do município dentro do equilíbrio fiscal e respeitando a lei de responsabilidade fiscal, não comprometendo o caixa público. Pretendemos buscar esses recursos públicos, a semelhança do que fez a gestão Mauro Mendes com o programa Novos Caminhos e a nossa meta é 300 km em quatro anos e universalizar a pavimentação asfáltica em todos os bairros da capital.
 
Wilson Santos: “Vamos implantar de duas a quatro novas avenidas, duas já certeza, podendo chegar a quatro novas avenidas. Duas eu já anunciei, que é a Avenida Parque Gumitá, Avenida Circular Sul e também quero abrir aquela avenida ligando o Doutor Fábio ao Osmar Cabral, num trecho de mais ou menos 6 km. Eu gosto muito dessa ideia de adensar a ocupação da cidade e eu gosto pouco da ideia de ampliar o perímetro urbano. Cuiabá tem 22 mil e 500 hectares de área urbana e tem 8 mil hectares vazias. Então nós precisamos antes de pensar em ampliar o perímetro urbano, precisamos é adensar essa ocupação e isso se faz com a abertura de novas vias, como eu fiz com a Avenida das Torres”.
 
“Também vou bater duro para a retomada do rodoanel. É uma obra que está delegada ao governo estadual, mas vou cobrar muito diariamente a retomada das obras do rodoanel, o governo deve licitar essa obra até o final de novembro e definir com clareza quais são as áreas para expansão habitacional, certo? Com clareza, respeitando as áreas de segurança hídrica. Esse adensamento habitacional tem que ser feito respeitando os limites da natureza”.
 
Geração de emprego, renda e desenvolvimento econômico

Emanuel Pinheiro: “Para isso vamos agir de duas formas. Primeiramente implantando uma lei de minha autoria e outra inspirada na lei de minha autoria. Ou seja, a lei de minha autoria concede incentivo fiscal às empresas que contratarem gente com mais de 40 anos de idade. Isso já é uma lei de minha autoria que eu vou implantá-la no município para dar oportunidade de gerar emprego ao chamado último emprego, das pessoas que passam dos 40 anos de idade acabam marginalizadas, deixadas de lado no mercado de trabalho, todos são arrimos de família, respondem pelo sustento da sua família e justamente no momento em que eles atingem o auge da maturidade, o auge da experiência de vida, o auge da sua capacidade produtiva, que podem contribuir muito mais com o mercado de trabalho no desenvolvimento de Cuiabá, eles começa a ser deixados de lado”.
 
“A outra proposta é o contraponto disso, é o primeiro emprego. Ou seja, vou apresentar a lei que concede incentivo fiscal para a empresa que contratar jovens de 16 a 24 anos, que é justamente o primeiro emprego e tem uma dificuldade enorme. Começa a conhecer a vida, a conhecer o mundo, louco para produzir, louco para trabalhar, até para ajudar a sua família, a maioria precisa trabalhar até para ajudar o sustento familiar e, no entanto, começa a não encontrar espaço por não ter experiência, mas como ter experiência se não da oportunidade? Então ai que entra o município como um agente fomentador da geração de emprego e renda”.
 
“Vamos buscar também uma ampla discussão com o setor produtivo, especialmente o comercio através da FCDL e da Fecomércio, para discutir uma possível dedução de alíquota de ISS no intuito de atrair mais empresas para Cuiabá e também de fomentar a geração de emprego e de renda na capital e em termos de atrativo numa parceria com o distrito industrial. Também entra nessa lógica da redução do ISS, mas também implantar aquilo que discutimos bastante na CPI do incentivo fical, ou seja, o arranjo produtivo local, buscando as potencialidades, as vocações econômicas de Cuiabá, para atrair investimentos externos para cá para que indústrias venham  para cá com incentivo fiscal para investir em Cuiabá, se fixar em Cuiabá gerando emprego, gerando renda para a população. Então são ações de  fomento para poder melhorar o emprego e a renda na cidade sem deixar de lado a economia criativa e o empreendedorismo tendo, sempre o município como agente fomentador dessa política de desenvolvimento econômico. Vamos criar o desenvolve Cuiabá, um instrumento de crédito e de desenvolvimento da capital para fomentar principalmente o empreendedorismo buscando estimular a ação de mãos de obras ociosas existentes nos bairros, especialmente das mulheres, para poder melhorara a renda da sua família e com isso ir melhorando a renda da cidade”.

Wilson Santos: “Estou trazendo também o programa chamado Padaria Artesanal. É um programa do Governo de São Paulo onde as pessoas aprendem a fazer dez tipos de pães artesanais num dia. Ele entra de manhã e sai sabendo fazer tudo isso. É a padaria artesanal. Ele pode fazer isso só para o seu consumo doméstico ou utilizar como atividade comercial, incorporar renda à sua família, tem gente em São Paulo que chega a fazer R$ 2 mil por mês.”
 
“Vou trazer também o programa para costureiras, para formar costureiras. Estou chamando de Escola da Moda. A pessoa durante algumas semanas, durante 60 dias, recebe toda uma formação para trabalhar em costura, desde riscar, cortar e costurar. Isso eu sei porque sou filho de costureira. Eu vi minha mãe riscar, cortar o risco no papel e depois costurar. A costura que chama de plana e aquela de malharia, com linhas industriais, com a máquina overlock.”

“Nós vamos realizar concursos públicos e nós vamos trabalhar para implantar um distrito industrial para micro e pequenos empresários que não têm em Cuiabá. Por exemplo, em Brasília é tudo segmentado, você teria um distrito com oficinas mecânicas, com funilaria, pequenos reparos de ar-condicionado, geladeira. Muitos desses estão ai em ambientes alugados e são pequenos. Então um distrito industrial para micro e pequenas empresas e nós vamos trazer de volta o Cuiabanco, que eu criei em Cuiabá, um banco do povo cuiabano, para microcrédito. Nós fizemos isso, concedemos mais de três mil microcréditos que mudou muitas vidas e depois foi extinto e eu vou recriar o Cuiabanco porque o grau de inadimplência é menos de 3% e ele ajuda a gerar muita renda. É aquele picolezeiro, quem quer fazer uma pequena fábrica de cabo de vassoura no fundo de casa, quem quer colocar o seu cachorro-quente, quem quer colocar o seu salão de beleza, quem quer fazer o seu amendoim torrado, enfim, colocar um espetinho. Tudo isso atacando a vulnerabilidade, para combater a insegurança alimentar, para gerar renda e gerar emprego. Quando eu fiz foi de R$ 300 a 2 mil. Eu quero fazer agora de R$ 500 a R$ 5 mil.”

“É o meu sonho, eu espero ver isto antes de morrer, que é ver Cuiabá um grande pólo industrial, o maior pólo industrial do agronegócio brasileiro, por isso que eu defendo a taxação do agronegócio para exportação. Você já ouviu falar em Franca (SP). Franca é conhecida como a cidade do calçado e você acha que o Estado de São Paulo tem mais boi que Mato Grosso? Quem que pode oferecer o preço mais barato nesse couro? Nós somos o primeiro rebanho bovino do país. Nós temos a matéria prima aqui. Semijoias, a pessoa sai daqui para ir a São Paulo, Vitória comprar semijoias para revender em Cuiabá. Nós temos todos os tipos de pedras coradas em Mato Grosso. Pra que sair daqui? Cuiabá pode ser um pólo joalheiro, senão de alto nível, a começar por semijoias. Algodão, podemos ser um pólo da indústria têxtil, fazer parte do jeans do Brasil aqui. Nós temos em larga escala couro, pedras corada e algodão. E a cadeia da soja, o milho, o girassol, a madeira. Com a nossa madeira podemos fazer de Mato Grosso um grande pólo moveleiro do Brasil. Por que isso não acontece? Porque tem muita gente boa que ganha muito dinheiro exportando matéria prima, porque não paga impostos. Então o meu sonho e, eu digo, isso não se faz do dia para a noite, eu vou dar o primeiro passo, o meu sonho é transformar Cuiabá no principal pólo industrial do Brasil, oxalá da América Latina, quando o assunto é proteína vegetal e proteína animal, pedras.”
 
“Então esse conjunto que eu falei lá atrás, comecei pequenininho, comecei falando em Padaria Artesanal, ai coloca Escola da Moda, o programa Padaria Artesanal e foi avançando. Cuiabá Vest até chegar na industrialização. Por que o senhor fala em industrializar? É fácil industrializar? Não, é dificílimo, só que nós já temos todos os pressupostos necessários. Energia, temos duas fontes energéticas fantásticas que é a hidro e a do gás. Nós gastamos um bilhão de dólares para trazer o gás natural da Bolívia para não ser usado aqui. Ele está ai no distrito e as indústrias do distrito não utilizam o gás que é quase um terço do peso da energia elétrica e mais limpo. Então nós temos duas fontes de energia e eu vou cobrar a distribuição do gás. As industrias cuiabanas tem que ter direito a esse gás. Nós temos a energia hidroelétrica, nós temos mais de 2 mil mestres e doutores em Cuiabá, então nós temos capital humano para subsidiar essas indústrias. A nossa localização como centro geodésico que durante dois séculos e meio foi extremamente desfavorável hoje, ao contrário, é favorável, nós podemos atingir esses produtos todos os Andes aqui. 100 milhões de colombianos, peruanos, bolivianos, venezuelanos, equatorianos, chilenos que moram ai.”
 
Área social
 
Emanuel Pinheiro: “Eu estou muito preocupado com a questão da área social, até por conta dos poucos recursos que a União está passando para essa área. A população de rua nos preocupa bastante, especialmente em relação a idosos, porque hoje a estrutura da Prefeitura com os centros de convivência é bastante tímida e é retirada a população de rua e é levada par o acolhimento. Você dá banho, dá comida e depois de dois ou três dias eles voltam para a rua, então não há uma política de acolhimento, do recolhimento, tratamento qualificação, para poder tentar inserir em alguma oportunidade do mercado produtivo”.

“Nós vamos buscar a criação de mais um centro de convivência para a melhor idade, mais dois, na verdade, um na região oeste e outro na região leste para tentar atingir o mínimo de demanda e mesmo assim não será o ideal, mas os recursos nosso são muito pouco e não dá para assumir um compromisso maior do que este. Temos uma preocupação muito grande com menores que, de acordo com estatísticas da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano, há um evidente crescimento de menores que começaram a trabalhar na capital para ajudar no orçamento familiar, o que representa uma preocupação na política pública de amparo às crianças e aos adolescentes”.
 
“Vamos intensificar o Programa Siminina, que a primeira-dama Virginia Mendes avançou bastante, trabalhando essas meninas em estado de risco e vulnerabilidade social. Então vamos manter e, ao longo da nossa capacidade financeira, ao longo do mandato, ampliar esse grande trabalho social da presença do município na vida dessas crianças”.

Wilson Santos: “Em relação ao social nós vamos fortalecer os programas sociais como PETI, que é o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil. Nós vamos fortalecer os CRAS que são os Centros de Referência em Ação Social, com mais servidores e ampliar o número de serviços prestados à comunidade e qualificar esses serviços. Vamos fazer um programa para retirada da população de rua, isso é inadmissível, através da criação de casas de retaguarda. Vou recriar o programa Ser Menino, criado por mim, que retira os meninos das ruas e dá o amparo psicológico, dá o amparo social a essas crianças e adolescentes. Nós vamos fortalecer e ampliar o Siminina, ele vai ser fortalecido e ampliado com a implantação de novas unidades rumo à periferia.”

“Vou criar o programa prato cheio, que consiste em vários itens. O primeiro é um cartão que a pessoa poderá comprar alimentos, comprar comidas em redes de supermercado, mercearias conveniados com a Prefeitura. Nós vamos dentro do programa prato cheio recriar o Programa de Reaproveitamento Alimentar, que são aquelas verduras, aqueles legumes que chegam machucados na viagem e quando você expõe na gôndola o cliente torce o nariz. Isso foi criado lá atrás pelo [Roberto] França. Vamos estimular hortas comunitárias, hortas escolares e vamos implantar 2 novos restaurantes populares. Então tudo isso eu chamo de prato cheio. Tem 13 mil miseráveis em Cuiabá e tem 25 mil famílias cuja renda mensal atinge no máximo meio salário mínimo. Então você tem aproximadamente 120 mil pessoas em Cuiabá, de um universo total de 525 mil, que tem dia não conseguem fazer uma alimentação, dormem sem fazer uma alimentação.”
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