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Domingo, 28 de abril de 2024

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Líder supremo do Irã rejeita misericórdia para culpados por protestos

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, insistiu nesta segunda-feira que não haverá misericórdia para os responsáveis pelos protestos e distúrbios que seguiram a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad e que deixaram ao menos 20 mortos. Khamenei comparou a pena aos manifestantes àquela delegada a quem se opõem à República Islâmica.


Em discurso divulgado nesta segunda-feira na rádio nacional, Khamenei, a máxima autoridade iraniana, ressaltou que a revolta pós-eleitoral representou "um teste político" que o país superou graças a seu grande potencial.

"Todos aqueles envolvidos nos últimos eventos devem saber que a República Islâmica não pensa em perdoar os culpados, tal como não perdoou àqueles que se opuseram ao Estado em 1979", declarou.

O ultraconservador Ahmadinejad foi reeleito em pleito do dia 12 de junho passado, com cerca de 63% dos votos contra 34% do principal candidato da oposição, Mir Hossein Mousavi.

A votação foi seguida por semanas de fortes protestos da oposição por fraude. Os protestos, enfrentados com violência pela polícia e a milícia Basij, ligada à Guarda Revolucionária, deixaram ao menos 20 mortos, dezenas de feridos e cerca de 2.000 presos. A oposição fala em 69 vítimas.

O Conselho dos Guardiães do Irã, órgão responsável por ratificar o resultado do pleito, aceitou fazer uma recontagem parcial dos votos para acalmar a oposição, mas confirmou a reeleição de Ahmadinejad depois de afirmar que a fraude em cerca de 3 milhões de votos não era suficiente para mudar o resultado das urnas.

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Khamenei, que endossou desde o início a reeleição de Ahmadinejad, voltou a ressaltar que se ficar demonstrado que alguém cometeu um delito "deverá enfrentar a Justiça e será tratado como merece".

O candidato pró-reformista derrotado Mehdi Karubi denunciou recentemente abusos sexuais e torturas a alguns dos detidos após o pleito do dia 12 de junho.

No discurso divulgado hoje, Khamenei reiterou também que os distúrbios foram inesperados, embora tenham sido orquestrados com antecedência.

"Levando em conta a missão que a República Islâmica tem, e as liberdades que existe em seu marco, não se esperava este tipo de eventos", ressaltou.

Os professores universitários, para quem era dirigido o discurso, têm agora, segundo o líder, uma importante responsabilidade na hora de enfrentar esta "revolução de veludo".
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