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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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Eleição no TJ gera polêmica e corregedor pode recorrer ao CNJ

Foto: divulgação

Corregedor do Tribunal de Justiça, Manoel Ornellas, deverá recorrer da escolha da escolha do novo desembargador

Corregedor do Tribunal de Justiça, Manoel Ornellas, deverá recorrer da escolha da escolha do novo desembargador

A eleição do novo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, nesta quinta-feira (21), que elegeu Fernando Miranda Rocha, foi marcada por polêmica e poderá levar o corregedor do órgão, desembargador Manoel Ornellas, a recorrer ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra a escolha. Ele foi contrário a escolha de Rocha como desembargador por critério de antiguidade considerando que o magistrado responde a vários processos administrativos no TJ. 


O mesmo entendimento teve o desembargador Teomar de Oliveira que junto com Ornellas protocolou dois recursos de recusa para impedir a eleição. No entanto, o pedido foi rejeitado pelo Pleno do Tribunal e Fernando Miranda foi eleito com18 votos.

O corregedor não admitiu que vai recorrer ao Conselho, “Decisão é decisão. O presidente já decidiu e vou respeitar”, declarou ao ser questionado pelo site Olhar Direto. Porém, o magistrado alega que Miranda não poderia pleitear a vaga devido à existência de pelo menos 20 processos administrativos pendentes na Corregedoria Geral da Justiça.

“Para esse cargo é preciso ser exemplar”, enfatizou Ornellas em Plenário, ao justificar seu voto. O presidente do TJ e também relator do processo, Mariano Travassos, alegou “não haver motivos suficientes para impedir a ascensão do magistrado ao cargo”.

O presidente ainda teceu elogios no que se refere a produtividade de Miranda ao longo dos 23 anos de atuação no Poder Judiciário.Travassos reforçou que os processos contra o novo desembargador foram arquivados e que os outros em andamento “estariam caminhando favorável a ele”.

O presidente disse que para conseguir aprovar o pedido de recusa era necessário quórum de dois terços, o que daria 20 votos. Número esse registrado durante a eleição e questionado pelo corregedor Manoel Ornellas que mandou registrar em ata a ausência de nove desembargadores dos 29 que compõem o Pleno do Tribunal.

Outro lado


Em entrevista, o novo desembargador Fernando Miranda foi enfático e disse que está “em paz com a consciência, muito mais do que as eventuais diferenças que existem". E continuou, "o expressivo número de votos que eu tive fala por si só. Cada cabeça uma sentença”.

Questionado sobre as denúncias de desembargadores e os supostos processos que responde na Corregedoria, Miranda afirmou que tudo se trata de algo que não existe. “São denúncias que não foram recebidas e não posso me manifestar sobre algo que não existe. Tem uma frase que gosto e que diz que toda a unanimidade é burra. Fico até feliz em que alguém tenha descordado”, pontuou.

Fernando Miranda Rocha, de 65 anos, responde pela 1º Vara Especializada da Família de Várzea Grande, e atua há 23 anos no Poder Judiciário mato-grossense. A posse foi marcada pelo presidente do TJ para o dia 28 de janeiro, às 09h.

Os demais juízes que disputaram a vaga foram: Círio Miotto, substituto de Segunda Grau; Maria Erotides Kneip Baranjak, 1º Vara Criminal de Várzea Grande; Graciema Ribeiro de Caravellas, substituto de Segundo Grau; Pedro Sakamoto, Vara Especializada de Direito Agrário; Rondon Bassil Dower Filho, 4º Vara Criminal de Cuiabá e Serly Marcondes Alves, 1º Juizado Especial Civil de Cuiabá.


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