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Sábado, 27 de abril de 2024

Notícias | Mundo

Dados sobre morte de inspetor de armas britânico ficarão ocultos por 70 anos

Os detalhes da morte em estranhas circunstâncias do inspetor de armas do Governo britânico David Kelly, que questionou os argumentos do Executivo para justificar a Guerra do Iraque, só poderão ser divulgados após 70 anos, informa hoje o jornal "The Mail on Sunday".


O jornal revela que James Brian Hutton, o juiz encarregado de investigar a morte do especialista em julho de 2003, emitiu uma incomum ordem que proíbe a divulgação dos dados de seu histórico médico e autópsia até dentro de 70 anos, e dos testemunhos não feitos públicos da investigação até dentro de 30 anos.

O corpo de Kelly foi encontrado em uma floresta próxima a sua casa do condado de Oxford (sudeste da Inglaterra), pouco após se saber que ele tinha sido a fonte de uma notícia da rede pública "BBC" que questionava a veracidade da afirmação do Governo de que Iraque podia lançar um ataque químico em 45 minutos.

O Governo do trabalhista Tony Blair baseou na suposta capacidade armamentista do regime iraquiano, liderado por Saddam Hussein, sua decisão de colocar o Reino Unido na polêmica guerra liderada pelos Estados Unidos.

A investigação dirigida por lorde Hutton, qualificada de "encobrimento" pela imprensa britânica, se concentrou, principalmente, em averiguar como se chegou a emitir a polêmica notícia da "BBC", mais que em explicar a morte de Kelly, por isso parte do material nunca chegou a ser divulgado.

Hutton concluiu em seu relatório de janeiro de 2004 que Kelly tinha se suicidado cortando uma artéria do pulso.

No entanto, alguns médicos desafiaram esta posição com o argumento de que os ferimentos não eram suficientemente graves.
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