O Rio Grande do Sul é o Estado que registrou o maior número de focos da ferrugem asiática nas lavouras de soja, em janeiro. As chuvas frequentes, seguidas de temperaturas elevadas, contribuíram para o aparecimento da doença.

Provocada por fungo, a ferrugem asiática, nesta safra, apareceu mais cedo nas lavouras gaúchas. Os primeiros sintomas são pequenos pontos escuros. Na planta ocorre a redução do número de folhas e mais tarde, se não controlada, a doença reduz significativamente o rendimento da lavoura.

“Em caso de não fazer o controle, no ano, como a gente está observando, pode ser de 100%. Pode não produzir nenhum grão. Mas em condições de controle e curativa ainda assim a gente pode considerar uma perda quase 30% se atrasar a aplicação ou fazer o número de aplicações inadequado por uma condição que a gente observa este ano”, explicou o agrônomo Lucas Navarini.

Se a ferrugem já estiver instalada na lavoura, o número e a necessidade de aplicações podem variar de acordo com o estágio em que foi detectado o problema.

Técnico encontraram o fungo em parte dos 460 hectares que seu Jacó Bersh plantou. Com a confirmação de que a área está infectada, o agricultor sabe que terá que gastar mais. “Com certeza, aqui eu acho que vai dar mais duas aplicações. Vai dar dois custos a mais além do previsto”, disse.

Até agora foram registrados 294 focos de ferrugem asiática no Rio Grande do Sul. Foram 283 só em janeiro. Em todo o país, são 1.555 casos, de acordo com o consórcio anti-ferrugem da Embrapa.