O petista Valdebran Padilha preso nesta quarta-feira (7) durante a Operação Hygeia juntamente com o irmão Valdenir Padilha, proprietário da empresa Engesan Saneng por supostas fraudes em licitações no município de Santo Antônio de Leverger.

O advogado dos irmãos Padilha, Roger Fernandes, concedeu entrevista há pouco na sede da Polícia Federal e informou que seus clientes estão sendo acusados de envolvimento em obras realizadas em parcerias com o Instituto Creatio, reforma de uma praça no município de Santo Antônio, além de obras voltadas para instalação de energia trifásica.

De acordo com o advogado que acompanhou os depoimentos, foram constatados em interceptações telefônicas conversas entre os irmãos Padilha e um dos fundadores do Creatio Romilton Souza Carlos, que também está preso. Fernandes contou ainda que seus clientes confirmaram ter aplicado todos os recursos recebidos para execução das obras citadas.

A Engesan também foi responsável também pelas obras do Departamento de Água e Esgoto de Santo Antônio que causou transtorno a população da cidade, devido à falta de água e a não conclusão. Apesar da polêmica, ainda em 2008, o advogado dos irmãos Padilha disse que o assunto não foi questionado pelo delegado e nem mesmo valores.

Valdebran e Valdenir foram ouvidos e encaminhados para a Polinter. A defesa tentará ainda hoje a revogação da prisão temporária (cinco dias).

Dossiê tucano

Valdebran Padilha foi preso em 2006 acusado de tentar comprar o dossiê atacando candidatos tucanos para ser entregue ao PT. Ele é empreiteiro e engenheiro eletricista em Mato Grosso, conhecido no meio empresarial desse estado como “um articulador de emendas parlamentares”.

Padilha foi tesoureiro do PT na campanha para Prefeitura de Cuiabá em 2004, quando o deputado Alexandre César foi derrotado pelo ex-prefeito Wilson Santos (PSDB).