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Sábado, 04 de maio de 2024

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oPERAÇÃO HYGEIA

Conversa que cita Silval gera controvérsia; veja íntegra

A ligação entre o tesoureiro do PMDB, Carlos Miranda, e o empresário Valdebran Padilha, também envolve uma suposta proximidade com o governador Silval Barbosa (PMDB). Em interceptação telefônica feita pela Polícia Federal, durante a investigação da Operação Hygeia, ambos citam o nome do chefe do Executivo, porém existem contradições que não deixam claro o envolvimento do pré-candidato à reeleição.


Na conversa, Padilha tenta realizar um empréstimo com uma mulher identificada como Marilena, sob a garantia do recebimento de dinheiro público atestado pelo governador. No entanto, as garantias vêm de Miranda, que fala o tempo todo em nome de Silval Barbosa e ainda cita os nomes de Yuri e do deputado Pedro Henry.

O empresário alega que Silval não teria dado garantias a Marilena de que receberia os recursos e, ao que tudo indica, a mulher nega o empréstimo a Padilha, que se vê acuado. Porém, Miranda informa que estava junto do governador quando a suposta “agiota” liga para o chefe do Executivo.

“Não, eu tava lá na frente (de Silval), ela tá conversando fiado. Ela não quer emprestar o dinheiro, é diferente, é outra coisa”, afirma no diálogo com o empreiteiro, proprietário da Engessan. Em outro trecho da conversa, Miranda reforça: “Eu tava lá a hora que ele ligou, falou com ela. Falou ó Mirela, é o seguinte, eu to aqui e o Carlos Miranda tá comigo, ele trouxe aqui”.

A ligação parece ser cortada, mas em seguida Miranda completa: “Eu estou aqui, é, com o Carlos Miranda, ele trouxe aqui duas pessoas, é, antes disso ele (Silval) ligou para o Yuri, ligou para o Pedro Henry”. Segundo o tesoureiro, as ligações seriam para garantir que os recursos estariam assegurados, porém não tinha como precisar a data da liberação.

Apesar do nome de Silval ser citado por várias vezes, Padilha contesta sempre, alegando que o governador não garantiu a liberação dos recursos, enquanto, Miranda tenta convencê-lo do contrário. Conforme a assessoria do governador, ele garantiu que não tem envolvimento com os acusados e não autorizou o uso de seu nome pelos integrantes da quadrilha.

Miranda, além de tesoureiro do PMDB, figura como preposto da empresa individual Carlos Gomes Bezerra – Laticínio Campo Verde e CAGB Agropecuária S/A. De acordo com as investigações da Polícia Federal, ele possui ligação com os envolvidos no esquema, como Ronilton Souza Carlos, fundador do Instituto Creatio e atualmente diretor de Projeto da entidade, além de sua ligação com os irmãos Valdebran e Waldemir Padilha.

A Operação Hygeia foi deflagrada na quarta-feira (7) e tem como alvo o combate à fraudes nas licitações e contratos feitos pela Fundação Nacional da Saúde (Funasa) e apura crimes de formação de quadrilha, estelionato, fraude em licitações, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e passiva, prevaricação.

O esquema envolve as Oscips Instituto Creatio e o Instituto de Desenvolvimento Humano Especializado em Acupuntura e Saúde (Idhea), Prefeituras, empresários, servidores e assessores parlamentares. Ao todo foram expedidos 35 mandados de prisão para Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e Rondônia. Mas até o momento somente 31 foram cumpridos com 24 prisões no Estado.

Confira íntegra do diálogo entre Miranda e Padilha





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