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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

Notícias | Política MT

Operação Hygeia

“Testemunha compromete Carlos Bezerra com fraudes”, diz O Globo

O jornal O Globo publicou matéria na noite desta sexta-feira (9) repercutindo a Operação Hygeia, que descobriu fraudes em obras e serviços executados com recursos federais em Mato Grosso. A notícia cita que o depoimento de um dos presos aproxima ainda mais o deputado federal Carlos Bezerra (PMDB-MT) do escândalo. Ídio Nemésio de Barros Neto, ex-chefe do setor de recursos logísticos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), disse à Polícia Federal que Bezerra escolhe quem deve trabalhar no órgão.


Entre os 31 presos na operação da Polícia Federal, três são ligados ao deputado. Um deles é seu sobrinho José Luiz Bezerra. Os outros são Carlos Miranda, tesoureiro do diretório estadual do PMDB, e Rafael Bastos, secretário-geral do partido em Mato Grosso.

Ídio Barros Neto é acusado de desviar recursos de contratos de prestação de serviço mediante dispensa de licitação. Quando esteve como coordenador substituto da Funasa, foi responsável pela locação de veículos da empresa Shoptour com superfaturamento de 34% sobre o preço de mercado, segundo relatório da Controladoria Geral da União.

O escândalo levou de volta para a cadeia o empreiteiro Valdebran Padilha, flagrado em 2006 com R$ 1,7 milhão, valor que seria destinado à compra de um dossiê montado contra candidatos do PSDB. Na época, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de "aloprados" os petistas envolvidos no caso.

Em depoimento prestado à Polícia Federal, José Ferreira Lemos Neto, ex-coordenador da Funasa em Mato Grosso, já havia afirmado que Valdebran Padilha e o também empreiteiro Evandro Vitório discutiam com deputados do PMDB e do PT a indicação de aliados para a direção do órgão em Mato Grosso. Segundo Lemos Neto, o grupo se beneficiava com o recebimento de "um percentual sobre as obras realizadas" para a Funasa no estado.

Apesar de ter se aproximado do PT a partir de 2004 Valdebran Padilha tem um longo histórico de ligação com Bezerra. Foi com a ajuda do deputado federal que ele conseguiu realizar as primeiras obras públicas para a Funasa, por meio das empreiteiras Saneng e Engesan.

" O caso pode ser enviado para instâncias superiores "

Responsável pela decretação das prisões temporárias, o juiz federal Julier Sebastião da Silva avaliou nesta sexta-feira que ainda é cedo para incluir o deputado federal entre os investigados.

“Por enquanto, houve um pedido de prisão temporária. O pedido chegou e eu deferi. Se no final do inquérito o delegado responsável entender que há envolvimento de pessoas com prerrogativa de foro, o caso pode ser enviado para as instâncias superiores”, afirmou o juiz. As informações são do jornal O Globo.
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