O advogado Ulisses Rabaneda, contratado por, Carlos Miranda , tesoureiro regional do PMDB, josé Luis Gomes Bezerra, sobrinho do deputado federal Carlos Bezerra,  e Rafael Melo Bastos, secretário geral do PMDB, todos presos pela Polícia Federal na Operação Hygea, ingressou com habeas corpus no Tribunal Regional Federal (TRF) da Primeira Região contra decisão da Justiça Federal de Mato Grosso que prorrogou a prisão temporária da maioria dos investigados por fraudes em contratos e licitações na Fundação Nacional de Saúde (Funasa). 

Miranda é tesoureiro do Diretório Estadual do PMDB. Rafael Bastos é o secretário geral do partido. José Luis Bezerra é sobrinho do deputado federal Carlos Bezerra, presidente regional do PMDB.

"A Polícia Federal e o Ministério Público selecionaram algumas pessoas para manter presas. Eles dizem que precisam de mais cinco dias, pois estas pessoas podem adulterar documentos e sumir com as provas. Questiono no HC qual o critério que eles têm para selecionar essas pessoas. Como sabem se esse ou aquele vai sumir com as provas e outros não ? Só se eles tiverem bola de cristal", afirmou Rabaneda, em entrevista para o Olhar Direto.

Segundo a defesa, na verdade, a PF e o MPF "estão usando as prisões para coagir os presos a falarem o que eles querem ouvir". "Estou convicto dessa prática, pois até agora as pessoas que saíram, eles alegam que foi porque colaboraram. Ou seja, quem nao fala o que eles querem ouvir, fica preso. Isso é um absurdo e nós não vamos admitir", defende.

Para o advogado, os magistrados federais (Julier Sebastião da Silva e José Pires da Cunha) recebem informações distorcidas e, por isso, decretaram as prisões. "Mas nós temos certeza que quando mostrarmos para eles que a defesa está colaborando, a situação irá se reverter", sustenta.

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