O governador Silval Barbosa (PMDB) afirmou, em entrevista nesta terça-feira (13), que os peemedebistas envolvidos na Operação Hygeia, deflagrada no último dia 7 pela Polícia Federal, podem ser afastados da executiva do partido até que o inquérito seja concluído. O secretário-geral do PMDB, Rafael Bastos, e o tesoureiro regional, Carlos Miranda, foram detidos, suspeitos de envolvimentos em fraudes. Também está preso Jose Luís Bezerra, sobrinho do deputado federal e presidente regional do partido, Carlos Bezerra.

Barbosa contou ter conversado com Bezerra recentemente sobre a operação. "Ele (Carlos Bezerra) disse que estudaria soluções para a executiva estadual do partido. Uma das possibilidades é afastar os envolvidos até que haja provas conclusivas e se termine as investigações", disse o governador.

Questionado sobre possíveis "prejuízos" que a operação poderia trazer ao seu nome e à sua pré-candidatura à reeleição, Barbosa foi enfático, repondendo não temer possíveis consequências. "Não tenho receio, pois não tenho nada a ver com tudo isso. Não indiquei nenhum funcionário para lugar nenhum. Não tenho relação alguma com a Funasa", frisou.

Hygeia

A Operação Hygeia foi deflagrada na quarta-feira (7) para combater fraudes nas licitações e contratos feitos pela Fundação Nacional da Saúde (Funasa) e apura crimes de formação de quadrilha, estelionato, fraude em licitações, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e passiva, prevaricação. Ao todo foram expedidos 35 mandados de prisão a serem cumpridos nos Estados de Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e Rondônia.

O nome do governador Silval é citado em uma conversa entre o tesoureiro do PMDB, Carlos Miranda e o empresário Valdebran Padilha, interceptada pela polícia federal. Porém, não existe nenhuma prova de qualquer envolvimento de Barbosa.