O novo presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Júlio César Pinheiro (PTB), minutos após ser eleito, assegurou que não se recorda da existência de contrato com a gráfica Propel, em sua gestão. Ele argumenta que, se houve algum tipo de serviço contratado, estava dentro da legalidade.
Operação Aprendiz encontra indícios de fraude em licitação comandada por Júlio Pinheiro
O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Mato Grosso, que executou mandado de busca e apreensão na presidência do Palácio Pascoal Moreira Cabral, durante a ‘Operação Aprendiz’, na semana passada, teria encontrado indícios de contratos superfaturados na gestão anterior, entre os documentos levados para análise.
“Eu ainda não sei do que se trata. Não fui notificado de nada. Mas posso assegurar, sem titubear, que os contratos da minha gestão anterior foram firmados dentro da legislação vigentes e com o máximo de atenção”, afiançou ele. Pinheiro lembrou que as contabilidade da sua administração foi aprovada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Ainda sobre as suspeitas levantadas pelo Gaeco, Júlio Pinheiro disse que não conhece a Propel e nem sabe onde fica a sua sede. Ele admitiu, contudo, que foram utilizados serviços gráficos em diversas frentes, na gestão anterior da Câmara, seja no dia a dia ou em missões especiais, como sessões itinerantes e Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs).
Entenda
O vereador Júlio Pinheiro (PTB) também pode estar envolvido em esquema de fraude de licitação de mais de R$ 3 milhões, segundo informou ao
Olhar Direto uma fonte do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Documentos comprometedores obtidos pelo Gaeco durante busca e apreensão na Câmara Municipal de Cuiabá realizada na última semana também ligam Pinheiro, que presidiu o Legislativo no biênio 2011-2012, à negócios escusos com gráficas.
“Dois contratos suspeitos com indícios de fraudes que remontam mais de R$ 3 milhões. Um deles é justamente com a Propel e outro com a gráfica Espaço, no valor R$ 2,6 milhões”, afirmou ao Olhar Direto a fonte do Gaeco.
Os documentos que apontam as irregularidades na gestão Pinheiro foram obtidos durante a Operação Aprendiz, desencadeada na semana passada como foco no vereador João Emanuel, também suspeito de irregularidades em licitações.
