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Segunda-feira, 10 de junho de 2024

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Eleições 2010

Sucessão estadual começa a deixar fase de indefinições

A troca de farpas entre o governador Blairo Maggi (PR), pré-candidato ao Senado, e o senador Jaime Campos (DEM), que pode ser candidato ao comando do Paiaguás ou apoiar o prefeito Wilson Santos (PSDB) neste mesmo propósito, a confirmação da candidatura de Silval Barbosa com respaldo dos republicanos e petistas ao governo e os apoios conquistados por Mauro Mendes (PSB), do PDT e PV, são sinais mais do que evidentes de que a sucessão estadual começa a deixar a fase de indefinições.


Em síntese, o jogo sucessório começa a ganhar contornos mais nítidos de uma disputa que deixa de lado a fase de tentativa de aproximações, de diálogos com este ou aquele partido. A tradicional "escolha de lado" também se intensifica, com exceção do Partido Progressista (PP), potencial fiel da balança no pleito deste ano e que já deu sinas de que vai esperar até o último minuto para decidir sua opção.

Os líderes progressistas sabem do potencial do PP, mas também reconhecem as dificuldades "jurídicas" a enfrentar. O principal líder progressista, o deputado José Geraldo Riva, é fato corrente nos bastidores, teria potencial para disputar qualquer cargo majoritário e com chances enormes de vencer uma eleição deste naipe, mas seus problemas judiciais o atormentam.

E, é bom que se diga, o fator Riva precisa ser levado em consideração pelos seus aliados e adversários. Um Riva fragilizado ou sem chances de concorrer nas eleições é uma variável a ser levada em consideração. O deputado tem o carisma e a dedicação poítica e partidária que faltam em Maggi, mas seus problemas são inegáveis e, sem hipocrisia, precisam ser analisados e levados em consideração.

A despeito da indefinição do PP, com efeito, os "agrupamentos" partidários ou de lideranças em torno de nomes é outra evidência inequívoca da nova fase de definições da corrida sucessória. Outro importante 'sinal' do fim da fase de indefinições foi o discurso de Jaime Campos em defesa do rompimento do DEM com o governo, que pode encerrar uma parceria de sete anos e dois meses, pois os democratas foram os parceiros de primeira hora de Maggi. Em contrapartida, o governador afirmou, em seguida, que DEM já "passou do ponto"de abandonar o barco governista.

Jaime nunca engoliu o que chama de "descaso" da turma da botina com sua liderança. E engana-se quem pensa que o senador democrata não possa encarnar o papel de candidato ao governo com seriedade e disposição caso Santos não tenha um bom desempenho nas pesquisas que vai definir quem será o candidato ao Paiaguás da aliança DEM-PSDB.

O democrata já desponta como líder em muitos levantamentos estatísticos "para consumo interno" e sua mágoa com o grupo de Maggi é um fator motivador. E, como o próprio Jaime mesmo diz: é preciso ter café no bule (leia-se: estrutura financeira e determinação).

A mesma determinação tem demonstrado Mauro Mendes, que anseia participar ativamente da corrida sucessória de olho nas fragilidades de Silval Barbosa, único que mantém na disputa prévia desde que ganhou o apoio incondicional do governador.

Em Brasília, Mendes conquistou o apoio das cúpulas nacionais do PDT e do PV. Também flerta com outros partidos de menor porte, mais cruciais para viabilizar suas pretensões em concorrer ao governo estadual.

Silval Barbosa, único com firme disposição, além de contar com o apoio de Maggi e do PR, tem respaldo do Partido dos Trabalhadores (PT) e sua candidatura ganha musculatura, sobretudo no interior, onde as pesquisas de consumo interno confirma o crescimento do peemedebista.

Na corrida pelas duas vagas de senador, Maggi sai na frente. Lidera todas as pesquisas de intenções de voto, mas precisa quebrar o paradigma e o estigma de que nenhum governador conseguiu se eleger para o Senado. O governador vai começar a sentir os "efeitos" do esvaziamento do poder quando deixar a cadeira do Paiaguás.

Maggi, isso é fato, nunca se preocupou em ter um grupo político forte ou de ampliar sua base. Aliás, é bom que se diga, o desempenho político de Maggi nunca foi bom e, talvez não saiba, carrega contra si o desprezo de muitos líderes políticos, que o bajulam e afagam nas solenidades, mas falam mal pelas costas. Contudo, tem em seu favor um legado de obras excepcional e isso vai pesar. Para muitos, o governador vai quebrar o tabu e deve ser eleito senador.

Já o PT vive num clima de disputa interna entre os grupos da senadora Serys Slhessarenko e do deputado federal Carlos Abicalil. Ambos os líderes querem disputar a "outra vaga" da base governista de senador e o racha é notório. E a troca de farpas nos bastidores se intensifica. O PT sangra e pode se arrepender se não sair de sua convenção sem traumas.

O PSDB deve ter Antero Paes de Barros como candidato ao Senado, embora ele ainda rejeite esta hipótese. Aliás, a aliança DEM-PSDB terá problemas caso Antero não seja candidato ao Senado, porque seus demais líderes sabem das dificuldades de enfrentar os candidatos da base governista.

O ex-governador Júlio Campos, uma excelente alternativa, vem de duas derrotas eleitorais (para governador e prefeito de Várzea Grande) e prefere ser candidato a deputado federal, um porto mais seguro.

Caso Mendes confirme sua candidatura, numa chapa PSB-PDT-PV-PPS e com outras siglas de pequeno porte, também vai precisar de um candidato ao Senado, que pode ser o deputado estadual Otaviano Pivetta, que já anunciou sua disposição em não disputar a reeleição, ou o também deputado estadual Percival Muniz (PPS), mentor intelecutal do grupo. É bom lembrar que a candidatura para o Senado do procurador da República José Pedro Taques, provavelmente pelo PDT, ainda é uma incóginita, muito embora exista hoje um anseio popular ou de uma camada da sociedade para que ele confirme este projeto.

Enfim, a sucessão estadual começa a ficar mais interessante, apesar de a população ainda estar alheia ao processo sucessório em todo país diante tantos casos de corrupção envolvendo muitos partidos e lideranças, tanto de situação quanto de situação.

Mais informações em instantes/Primeira atualização às 11h30/Segunda atualização às 14h00
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